17.12.02

Still alive, povo. As férias não têm sido tão feriosas (uia, inventei uma palavra! E horrorosa por sinal!!) quanto eu esperava, mas paciência. Cozinhar pra família é terapêutico. Paquerar como se fazia em mil oitocentos e guaraná de moringa e não conseguir nem um beijinho no rosto também. Descobri que embora os comments não apareçam, eles continuam indo pro meu e-mail normalmente, contanto que quem o tenha postado tenha colocado um endereço de e-mail válido. Então podem continuar comentando que eu acabo lendo, e se o que o Thoth falou estiver certo, estão sendo guardados no banco de dados também, e podem ser recuperados num futuro distante quando eu tiver saco de revisar o código. Quem sabe.

Enquanto isso, continuo lutando contra o ouvido inflamado, fazendo planos frustrados de ir no Sushi e tocando violão pacaraio aqui. Life goes on, easily. C ya when I get there, guys.

Peace.


Wind

12.12.02

Oi povo. Não morri. Estou de férias, bestando em Floripa, repensando a vida e principalmente, coçando muito saco. Os comments morreram pelo jeito, acho que cancelaram minha conta no provedor do meu ex-emprego. Por engano, espero. Mas de qualquer forma, muito provavelmente todos os comments passados foram pro caralho, e sinceramente eu não vou me estressar com isso. É a vida.

Apenas para constar, a visitante número 4000 foi a Déa e o brinde dela será providenciado :)

Não sei se o blog voltará a ter comments, e não sei com que frequência vou escrever aqui novamente (principalmente porque acesso a computador aqui é esparso, e quando eu voltar ao Rio não sei se terei saco), mas por enquanto o blog continua. Menos interativo, menos construtivo, e menos interessante. Mas tão inútil quanto antes.

Acho que é isso. Até mais povo.


Wind

1.12.02

Aliás. Agora tá perto mesmo. Prestem bem atenção no counter ali, e se você for o sortudo/sortuda a arredondar a conta pra 4000, deixe um comment avisando. Não vou estar no Rio, mas dou um jeito de acessar e ver...


Wind
Estou muito bolado. Hoje aconteceu uma coisa que demorou 8 anos para acontecer. O fim de algo que marcou minha vida. Pode parecer bobagem, mas eu fiquei extremamente órfão hoje. Já tive essa sensação algumas vezes, quando por exemplo uma série que você acompanha por anos chega ao fim, ou você termina um livro épico. Uma sensação de acordar de um sonho, uma sensação de fim de história. Foi o que aconteceu hoje.

Hoje finalmente eu vi o final de Final Fantasy 3.

É claro que eu não demorei oito anos para conseguir terminar. Eu joguei na época que saiu, cheguei longe, mas a fita era alugada, o dinheiro faltou, tive que devolvê-la, e aí nunca mais tive coragem de fazer tudo de novo desde o começo. Anos depois, consegui a ROM para pc, e tentei jogar outra vez desde o começo. Mas não tinha tempo, perdi os saves, sei lá. Só sei que não continuei.

Só que nesse último mês, não sei por que, eu entrei num frisson com jogos antigos, e decidi que ia terminar todos os jogos que eu nunca tinha terminado. Comecei por Jurassic Park do SNES, que eu havia tentado zerar 3 vezes, com 3 cartuchos diferentes, e os 3 eram versões piratas incompletas do jogo, e sempre travavam no mesmo ponto. Ok, eu era frustradíssimo com esse jogo, e vencê-lo foi delicioso. Mas ele nunca foi como FF3. Ele era um jogo de ação, primeira pessoa, tiro, essas coisas. FF é uma história. Uma história maravilhosa, que eu havia abandonado no meio e nunca soube o que acontecia no final.

Então, oito anos depois, eu finalmente assisti ao final do jogo. Depois de já ter jogado suas duas continuações (embora uma delas eu também nunca tenha zerado, mas porque o CD travou), que foram jogos bons mas nunca tiveram o charme, a grandiosidade, o carisma que o 3 (o sexto jogo da série, na verdade) tinha. Hoje, eu finalmente soube que fim tiveram aqueles 14 personagens com os quais eu me mesclei (literalmente) por tanto tempo.

E o final é LINDO. Lindo de uma maneira que os gamers de hoje não entendem. Não é lindo porque tem gráficos lindos (embora, para a época, aqueles tenham sido gráficos soberbos). Não é lindo porque o som é uma gravação pura e cristalina de uma orquestra com um coral gigante cantando em latim. O som é um sintetizador de 16 bits TOSCO, a música é um midi dos mais safados... mas é maravilhosa. Quem me conhece já me ouviu tocar ao piano algumas músicas desse jogo, e ficam realmente incrédulos ao saber que essas músicas maravilhosas nasceram de um cartucho de videogame. Ficariam ainda mais estarrecidos se se vissem, como eu me vi hoje, ouvindo essas mesmas músicas com a qualidade de som de uma aporrinhola, mas ainda assim sendo trazido às lágrimas.

É. Apesar do final ser basicamente feliz, eu chorei. Pra caralho. Chorei, porque como não podia deixar de ser, nem todos foram felizes para sempre. E a cena em que Shadow fica para trás porque está cansado de correr, a cena em que ele escolhe parar de fugir e morrer, é estarrecedora. Estarrecedora porque a música é grandiosa (imagine uma MIDI grandiosa. Não consegue? Nem eu conseguia, até hoje), a cena é comovente (mesmo que representada por bonequinhos cabeçudos com quase nenhuma articulação e absolutamente nenhuma expressão facial), e principalmente, POR QUE ELE NÃO TINHA QUE MORRER CARALHO!!! :~

Mas foi isso. Pra quem olha de longe, não é mais do que um bonequinho andando na tela ao som de uma midi. Mas pra mim, aquilo foi uma história longa (mais de 50 horas de jogo), envolvente, épica, que fez parte de mim e me impressionou muito quando moleque. E que hoje acabou.

E é triste, porque eu sei que dificilmente vou encontrar alguma coisa que tome o lugar dessa Fantasia na minha lembrança. Como eu disse, pode parecer uma bobajada enorme pra vocês.

Mas pra mim, foi muito sério.


"Baram! I'm gonna stop running! I'm gonna begin all over again..."
    - Shadow


Wind

25.11.02

Caceta alada!!!

Meu brógue tá chegando perto do visitante 4000 :~~

Quem for, faizfavô de avisar que eu dou um brinde comemorativo :)))


Wind

20.11.02

O dia em que o mundo explodiu

"This is your life
doesn't get any better than this
This is your life
and it's ending one minute at a time"

      - Tyler Durden, Fight Club

Aonde foi parar meu futuro? Eu gostaria de saber. Já nem lembro quando foi que o perdi. Em algum lugar muito cedo na memória, quando percebi que a desilusão e a mudança brusca não iam dar nenhuma chance para mim ao longo da vida. Não adiantava sossegar a cabeça no travesseiro, me puxavam pelo braço pra cair na estrada de novo rumo a uma nova vida, um novo lar, uma nova realidade. Justo quando eu havia acabado de me acostumar com a anterior. Cresci aprendendo a não fazer planos. É inútil. Sempre vão tirar tudo de você, na calada da noite. Desfazer as malas? Pra quê? Só vai lhe dar o trabalho de refazê-la daqui a pouco. Não existe futuro. Existe o presente, existe a reação imediata a uma realidade momentânea. Amanhã? Sei lá. Só ele dirá. Não tenho por que - não posso - me preocupar. Tudo o que eu pensar em relação ao futuro se provará errado, de qualquer forma.

Aí um belo dia minha mãe me pergunta "Aonde você se imagina em 10 anos?". Eu? Eu sei lá se eu vou estar vivo! Sei lá mesmo, não me imagino em lugar nenhum. Não imagino o mundo em 10 anos. Ou em 2. Ou em 6 meses. Eu não consigo imaginar. Eu fui criado para não conseguir. Sinto muito, não dá. Não aprendi a fazer isso, perdeu-se a chance. Agora já tenho a psiquê formada, e ela só sabe aproveitar o instante. Só sabe desejar. Não sabe arquitetar. Minha mente quer algo e corre cega direto pra cima. Não consegue fazer esquemas. Não consegue pensar indiretamente. Se ela quer D, ela vai de A para D sem passar por B e C. Se eu tento ir para B, logo desvio do caminho, perco o interesse, perco a motivação. Não quero B, quero D. Não faz sentido tomar outra direção.

Na infância é fácil, você só tem um caminho a seguir, por mais que você não queira ir para a escola vc vai porque é o certo. É linear. Agora, depois disso, o que que acontece? Sair de casa? Ficar? Vestibular? Faculdade? Emprego? Pra que lado eu vou? O que eu faço agora?

E pior... por que nada que eu escolho fazer dura muito? Por que eu sempre me desinteresso? Eu sempre ouvi que eu seria "bom em qualquer coisa que eu escolhesse". Por que então é exatamente o contrário - NADA do que eu tento fazer dá certo? Estou há cinco anos, cinco anos, caralho, andando em círculos, sem sair do lugar. Nada do que eu começo termina. Nada engata. Nada segue. Sou um carro atolado num lamaçal que ameaça sair, ameaça, e depois volta a afundar. E quem me vê nessa situação ridícula só pode pensar que eu não me esforço. Que sou folgado. Que sou vagabundo, mimado. É o que qualquer um pensaria, eu sei. Se fosse eu olhando de fora, eu pensaria o mesmo. Difícil é estar aqui, aqui dentro, se cobrando todo dia, se esforçando e se perdendo o tempo todo, copiosamente, chegando à conclusão de que você é um merda e que mesmo as pessoas mais retardadas que te cercam têm mais sucesso na vida do que você, e pelo simples fato de que elas ACREDITAM no futuro. Eu não.

Eu não tenho, nunca terei futuro. Eu tenho esse presente. Esse presente ridículo e tosco. Mas é tudo o que eu tenho. Eu não acredito em amanhã. Eu não acredito em mim.

E como eu posso alcançar algo que eu não acho que exista?



Wind

16.11.02

Eu estou podre. Este corpo passou da garantia e eu não tenho grana pra levar pro conserto. Eu estou TÃO destruído que eu não consigo andar direito sem sentir uma dor horrorosa nos músculos atrás dos joelhos. Mas também, depois de ontem...

Eu não compreendo como é que eu consigo ficar entediado em uma cidade que tem a Floresta da Tijuca. Sério. Encrustada no meio da cidade, ao alcance de qualquer ônibus - ou mesmo de uma caminhada - fica uma das florestas mais lindas do mundo! É impossível reclamar de saturação de cidade grande sendo Carioca. E eu lembrei disso ontem, quando do nada, de manhã, eu surtei e falei "Mmm, vou no Parque Lage, fazem bem uns 18 anos desde a última vez que eu fui lá." E realmente eu tinha umas lembranças muito legais de lá, especialmente da gruta que eu adorava... calcei o tênis, meti uma nota de 5 reais no bolso sem a intenção de usá-la e fui andando daqui de casa até lá. Um percurso bem grandinho, mas ei, caminhar é bom! Chegando lá eu dei uma passeada, vi as cascatas, o chafariz novo, a gruta (tá tão abandonada, mas ainda assim foi um choque de nostalgia entrar lá dentro), o castelinho... e obviamente saí do pavimento e fui me meter no mato. Tava lá feliz e contente, quando vejo uma plaquinha no meio da trilha dizendo "Corcovado". Aí eu pensei "Ei. Por que não?"

Sim, eu subi :P Subi a trilha do Corcovado inteira sem lenço e sem documento (e sem água!!! grande erro), cheguei lá em cima eu estava um caco, mas foi divertido. Fazia tempo desde a última vez que eu tinha subido a pé, e da outra vez eu tinha ido pelo caminho do Cosme Velho, que é beeem menos íngreme. A trilha tem inclusive um ponto em que é tão íngreme que só dá pra subir por uma corda que eles deixam lá. Mas pô, foi muito melhor dessa vez. Primeiro, porque foi aventura - do jeito que desde as saudosas trilhas com meus primos no sítio do meu avô eu não fazia - e depois, porque eu adoro mato. A trilha é linda, vi milhares de insetos engraçados, milhões de macacos e até mesmo uma cobra. O que foi um fato curioso, apesar de eu me meter em mato desde que me conheço por gente, saber de trás pra frente tudo o que tem que fazer em caso de picada de cobra, e de todo mundo que cresceu comigo já ter visto cobra ao menos uma vez, essa foi a primeira que eu vi! Viva e solta, digo. Até hoje só tinha visto cobra morta ou presa. Mas enfim.

Lá em cima foi divertido. Uma das vantagens de se morar em cidade turística é que quando vc está com uma vontade enorme de viajar, basta ir para um ponto turístico e vai ter TANTO turista lá que o clima te contagia :)) Mas não demorou muito lá estava eu descendo pela trilha outra vez. Só que eu tinha ligado pra Robbie lá de cima e dito que eu ia passar no Posto 6 em Copacabana antes de ir pra casa. Então eu... fui. Andando, claro. Do Jardim Botânico até Ipanema pela Lagoa, e de Ipa até Copa. Não é necessário dizer que ao chegar na praia eu simplesmente sentei e não levantei mais por pelo menos 2 horas (mentira! eu ainda joguei uma rodinha de vôlei com o povo!)

Ao todo, num cálculo aproximado (tive que chutar que o comprimento da trilha é de 2km e meio, mas deve ser mais), eu andei exatamente 16.456 metros. Quase 16 km e meio. Sendo que uma parte foi de escalada íngreme.

O que nos traz novamente ao início do post: EU ESTOU PODRE!!! Esse sábado vai ser exclusivamente para ficar em casa e morgar. Pena que tá um sol tão bonito lá fora... dá uma vontade imensa de ir passear :/

Hmmm, será que a trilha do Pão de Açúcar é muito puxada?


Wind
OLHA QUE COISA MAIS FOFA a Dri fez pra mim :~)

...


Não só a imagem é linda, mas o texto resume com maestria meu blog :) E olha que isso não é fácil, eu mesmo não conseguiria!!

Brigadão Dri, vc é foda! :D



Wind

9.11.02

Olha só que foda!! :D






Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia




Wind
O quão próxima da perfeição uma imagem do inferno pode chegar

(retirado dum log de IRC com a loira sobre a Parada da Paz em São Paulo)

[DeCca-ctba] "trio prefeitura de sp"
[DeCca-ctba] ahuahuahauahuahauahuahua
[DeCca-ctba] fico imaginando o prefeito mixando
[Windblow] a prefeita, por favor :D
[Windblow] Marta Suplicy remixa os hits de seu filho Supla :)
[DeCca-ctba] CREDO
* DeCca-ctba se benze
[DeCca-ctba] TUM STI TUM TUM "japa girl" TUM SSTIII TUM TUM
[Windblow] huauhahuahahuuha
[DeCca-ctba] a garo - garo - garota de berlin lin lin lin
[Windblow] credo, chega
[DeCca-ctba] =D


Wind

7.11.02

Gente, isso é muito sério. A EscleRosinha Garotinho está processando na justiça 4 jornalistas - Mauro Rasi, Artur Xexéo, Arnaldo Jabor e Fernando Pedreira - por matérias onde eles fizeram piadas relacionadas ao plano de governo dela! Nem mesmo empossou e olha o que a jumenta já está aprontando. Eu tenho medo, muito medo mesmo, desses próximos 4 anos. Daqui a pouco ela vai entrar na justiça contra o Casseta e Planeta. E ninguém mais vai poder ironizar as imbecilidades óbvias que aquela retardada fala e faz, sob pena de ser processado. E sabe qual o nome disso? CENSURA.

Por favor, entrem no link ali de cima pro blog da Cora Ronai e assinem o abaixo-assinado virtual dela. É o mínimo que nós podemos fazer, berrar para o mundo que estamos indignados com essa palhaçada. Vamos ver se a Bostinha processa todo mundo!



Wind

5.11.02

Finalmente, milhares de anos depois do último teste online que eu fiz, surge uma reveladora e bombástica Devassa na Vida Sexual do Wind. Cortesia de alguma página randômica de testes mal-intencionada :P

E da série Grandes Pensamentos Advindos do Banheiro: "Bloggar é... nunca ter que explicar um post" :)



Wind

3.11.02

Estou de mal com vcs. Me abandonaram. Não comentam mais nada!! E olha que foram váários posts sem nem um "dã" no comments. Sacanagem.

Outro dia fiz uma verdadeira sessão de auto-análise relendo os arquivos desse blog desde o primeiro post, mais de ano atrás. Foi bizarro. Cheguei à conclusão de que eu tenho um dom de precognição não-trabalhado. Vááários posts proféticos! Bizonho. Tem até mesmo um em que eu previ o meu aumento, a eleição do Lula, a paz no oriente médio e o hexacampeonato de futebol pro Brasil! Sendo que os dois primeiros itens se concretizaram semana passada :P Nessa ordem! :P Estou de olho nos noticiários internacionais agora

De resto, acho que a palavra que me define atualmente é saudade. De milhares de coisas. De um monte de gente. Mesmo que fosse possível, ia ser muito improvável conseguir matar saudades de todo mundo que eu sinto falta em menos de um mês. Como eu conheço gente que mora longe, pqp! Pra começar, minha família inteira. Que não é pequena. Fora o cacetão de amigos em Floripa, Curitiba (ok, lá só tem uma, mas vale por muitas :P), Sampa, Brasília, Belém... afe! Até em Santiago do Chile eu tenho gente pra sentir falta! E dessas eu sinto muita... Minhas duas primas fofas que já estão com seus respectivos rebentos e eu nunca nem vi as crianças :/

Meu objetivo de vida é ficar rico pacaraio e comprar um helicoptero. Ou inventar uma câmara de teleporte, melhor ainda.

Cara, eu preciso muito viajar!

Mas por enquanto pés no chão e cabeça no travesseiro. Vou ver se sonho com essa galera toda, que é a única maneira atualmente possível de matar saudades....

Putz, eu queria um abraço agora



Wind

31.10.02

A culpa é do olhar. Aquele olhar apagado, opaco, aquela nuvem cinzenta e carregada, no centro da pupila. O foco no infinito. O breve silêncio antes de falar.

A culpa é da verdade implícita nisso tudo. A culpa é da máscara que escorrega por um segundo, mostrando o rosto verdadeiro, sem maquiagem, sem brilho, por trás.

A culpa é do suspiro, alto e profundo, que surge sem aviso e muitas vezes passa desapercebido. Mas não a mim.

Quando o sorriso lascivo volta, quando a rodada continua, já é tarde. Eu perdi o jogo, mesmo que ninguém saiba. Continuo a partida por mero protocolo. Eu sei que é inútil.

Há algo em olhos tristes que me suga, me engole. Há algo em lágrimas insinuadas que jamais são choradas, que penetra minhas camadas como uma bala de fuzil, rumando ao coração. Contanto que não seja fingido - a diferença é gritante. A tristeza espontânea me fascina. Me derruba do cavalo. Me remete a uma parte de mim que não cresceu, nem nunca crescerá. Aquelas armadilhas psicológicas que você sabe que funcionam contra você e não pode fazer absolutamente nada quanto a isso.

Pois você não quer.



Wind

26.10.02

ONE DAY MORE
Les Miserables

VALJEAN
One day more
Another day, another destiny
This never-ending road to Calvary
These men who seem to know my crime
Will surely come a second time.
One day more!


MARIUS
I did not live until today.
How can I live when we are parted?


VALJEAN
One day more!

MARIUS & COSETTE
Tomorrow you`ll be worlds away
And yet with you my world has started!


EPONINE
One more day all on my own.

MARIUS & COSETTE
Will we ever meet again?

EPONINE
One more day with him not caring

MARIUS & COSETTE
I was born to be with you.

EPONINE
What a life I might have known...

MARIUS & COSETTE
And I swear I will be true.

EPONINE
But he never saw me there!

ENJOLRAS
One more day before the storm!

MARIUS
Do I follow where she goes?

ENJOLRAS
At the barricades of freedom!

MARIUS
Shall I join my brothers there?

ENJOLRAS
When our ranks begin to form.

MARIUS
Do I stay; and do I dare?

ENJOLRAS
Will you take your place with me?

PEOPLE
The time is now
The place is here.


VALJEAN
One day more!

JAVERT
One day more te revolution
We will nip it in the bud!
We`ll be ready for these schoolboys
They will wet themselves... with blood!


THE THENARDIERS
Watch 'em run amuck
Catch 'em as they fall!
Never know your luck
When there`s a free-for-all.
Here a little 'dip'
There a little 'touch'
Most of them are goners
So they won't miss much!


REBEL STUDENTS
One day to a new beginning.
(Raise the flag of freedom high)
Every man will be a king
(Every man will be a king)
There's a new life for the winning
(There's a new life to be won)
Do you hear the people sing?


MARIUS
My place is here. I fight with you!

VALJEAN
One day more.

MARIUS & COSETTE
I did not live until today.
How can I live when we are parted?


JAVERT
I will join these people's heroes
I will follow where they go
I will learn their little secrets
I will know the things they know


EPONINE
One more day all on my own

VALJEAN
One day more.

MARIUS & COSETTE
Tomorrow we'll be worlds away
And yet with you my world has started


JAVERT
One more day to revolution.
We will nip it in the bud
We'll be ready for these schoolboys


THENARDIERS
Wath 'em go amuck, catch 'em as they fall
Never know your luck when there's a free-for-all.


VALJEAN
Tomorrow we'll be far away
Tomorrow will be judgement day.


ALL
Tomorrow we'll discover
What our God in Heaven has in store
One more dawn! One more day! One day more!




Wind

23.10.02

É meio creepy ficar no trabalho sozinho até essa hora. Ainda mais do jeito que anda o RJ, e sabendo que o Méier não é exatamente a região mais segura do planeta. Mas ainda agora chegou gente aí, estou mais tranquilo.

Só escrevendo pra passar o tempo enquanto faço algumas coisinhas ali na outra máquina... mais tarde eu entro para revelar para o mundo ;P


Wind

21.10.02

Eu realmente gostaria de estar acordando agora e fazendo um post matutino, mas não. Eu não dormi.
Não que eu não estivesse com sono. Só estou ansioso. O mais chato é que é sem motivo aparente.

Deixa de ser mentiroso. Você sabe por quê.

Enfim. A vida é uma merda anyway. Acho bom eu me acostumar com essa mediocridade que eu vivo a título de cotidiano, (não) indo a aula, (não) trabalhando e ficando estressado como se estivesse me dedicando horrores. Fora que eu me sinto um idiota por ter sentido falta de uma coisa que quando dá o menor sinal de que pode aparecer, me desestrutura totalmente.
Fico aqui pensando, será que é assim mesmo? Será que de repente não é nada disso, eu estou no caminho errado, lutando contra a correnteza de um afluente e pra longe do meu rio? Mas não, eu não sou qualquer amador. E eu não escolhi a vida que eu levo por acaso, foi só depois de muita ponderação. Ou não?
E se essa merda tá toda errada mesmo.... onde está o caminho certo?
Alguém aí tem uma bússola?

Esse post foi completamente fora do meu padrão bloguístico né?

Bem, foda-se. Alguma mudança é bem vinda.


Fuck.



Wind

18.10.02

Ok, para provar que eu não escrevo só quando me pressionam... capítulo novo no Farpas.

Como vocês poderão notar, o template está de novo tosco e simplório, já que o Blogger fez o favor de deletar o meu antigo sem querer. Nessa palhaçada, perdi o link pro livro de críticas (não que alguém assinasse aquela merda mesmo) e o counter, e estou sem paciência de me lembrar como é que colocava. Então vai daquele jeito mesmo, ao menos até eu inventar de colocar um template mais bonito. (Isso se eu acreditar que o Blogger não vai perder o template de novo...)

Bem, era isso. Té mais.


Wind

12.10.02

Ontem na Bunker eu prestei atenção na letra dessa música pela primeira vez. Não é bonitinha?


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Foo Fighters - Everlong

Hello, I've waited here for you
Everlong
Tonight, I throw myself into
And out of the red, out of her head she sang

Come down and waste away with me,
Down with me
Slow, how you wanted it to be
I'm over my head, out of her head she sang

And I wonder when I sing along with you

If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when,
She sang

Breathe out, so I can breathe you in,
Hold you in
And now, I know you've always been
Out of your head, out of my head I sang

And I wonder when I sing along with you

If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when,
she sang

And I wonder
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when

-----

Wind

11.10.02

MEU DEUS!!!

Definitivamente... é aquela época do ano chegando... PQP cara! :)))
Eu é que não estou reclamando! Au contraire!! Podem vir quente que eu estou... com um calor desgraçado. Ninguém quer me dar um ar-condicionado de presente de Dia das Crianças não? :/


Wind

8.10.02

Fim das férias do Blog.


E agora, alguns comentários desconexos sobre o período.

- Centímetro a centímetro, eu vou voltando a ser lindo. Graças a deus, mais rápido do que a DeCca previu, como meu grande amigo Zunto sabiamente comentou aqui.

- AGORA É LULA, PORRA!!

- Começo a me assustar com o tamanho e a dimensão de certas maldições. Por mais que eu me previna total e completamente contra elas, algo completamente contrário e inesperado acontece e elas se concretizam da mesma forma. Acho que no dia que eu conseguir beijar aquela menina, o mundo acaba. Sério.

- PUTAQUEPARALHODEMERDA, ROSINHA NÃO!! Pau no cu de todos os evangélicos retardados e imbecis que votariam até num jumento contanto que fosse "companheiro de fé". Aprendam a separar religião e política, seus merdas! Se vocês acham que boa política é deixar entrar celular em Bangu e fazer Piscinão, mudem-se todos pra Conchinchina e façam um estado próprio!! Vão catar uma terra prometida e se enterrar lá até morrerem!!! Seus lambe-cruz cheiradores de bíblia com cérebro do tamanho de uma ostra subdesenvolvida dos infernos!!!!!

- Como eu queria estar na praia agora.

E último, mas não menos importante...


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


que mulher é aquela!!! :P~~~~~~~~~~~

Eu amo a minha irmã e devo minha vida a ela!! HUAAHUhuAhAhuAhuauhAhuAhuaHAHUAHHUahuahuHUAahuhauhuahuaHUahuHUAhuAHU



surtation mode: OFF



Wind

17.9.02

Ok, eu sabia que esse dia ia ter que chegar, eu sabia que ia ser por agora, mas mesmo assim....

AAARGHHHHHH!!! MINHA CARA ESTÁ LISA QUE NEM BUNDA DE BEBÊ!!! :~~

Tomara que não demore muito tempo pra crescer de novo... minha linda barbicha... ai ai. Estou parecendo um roqueiro adolescente.


Acho que vou pintar fios de barba na minha cara com lápis de olho :P



Wind

12.9.02

Primeira coisa: consertei o código do comments, que estava transformando todas as tags em código ascii e deixando os comentários horrorosos. Aquilo foi uma tentativa minha de corrigir um bug meio ridículo mas que de vez em quando atrapalha, que é o fato de comments que tem 'aspas unicas' não entrarem no MySQL. Achei que podia resolver isso com uma função de PHP mas não deu certo. Vou ter que queimar neurônio com RegEx mesmo, e tô morto de preguiça. Até lá, por favor, quando forem citar alguma coisa no comments, façam-no com "aspas duplas" ok?

Segunda coisa: pra Fernanda, que falou no comments que depressão é doença: eu sei que é. Conheço muita gente doente, e acredite, eu já vi depressão fazendo estrago. O que eu não suporto é gente que se ORGULHA de ser deprimido, e acha que por isso é um ser iluminado e superior que conhece a dor e a angústia. Isso é babaquice da grossa.

Terceira coisa: mamãezinha querida, só pq você pediu.... capítulo novo no Farpas :)

E por ultimo mas não menos importante: ............................................ esqueci!! :P

Depois eu lembro. Banzai.


Wind

10.9.02

A Arte de Ser Feliz (a.k.a. mané é o seu salário)


Outro dia amiga minha me perguntou do nada: "Você é feliz?" Pensei uns 3 segundos sobre o assunto e falei que sim, de modo geral. Aí ela olhou pra mim e disse: "Mané!"

Fiquei pensando sobre esse assunto. Quem me perguntou, obviamente não é feliz. Ao menos não a vejo feliz quase nunca, muito pelo contrário. A vida dela é difícil, perde o sentido facilmente, parece um fardo pra ela. E no entanto, ela enche o peito para me chamar de mané. E dizer que pessoas felizes são manés em geral. Por quê?

Quer dizer, qual a grande esperteza em ser depressivo? Em que isso é melhor? Ou faz da pessoa mais esperta? EU acho, na minha humilde opinião de mané, que depressivos é que são os grandes e verdadeiros otários. Passam a vida toda esperando mais do que têm, sofrendo a falta de qualquer coisa que eles não tenham. Nunca olham para si. Nunca vivem o momento, nunca se concentram em nada. Só suspiram pela felicidade utópica que eles não possuem. Eu, que sou feliz, já aprendi que não existe essa grande felicidade que chega num grande orgasmo cósmico e permanece em êxtase para todo o sempre. Não existe realização eterna nem plenitude que dure. E sabe por que eu sou feliz? Por que eu sei aproveitar a felicidade pequena, momentânea, simples. A felicidade que todo dia eu esbarro na rua. A felicidade etérea e volátil que me faz sorrir à toa.

Essa é a felicidade que nos é reservada. Os momentos. Os detalhes. Estar andando na rua de walkman e começar a tocar aquela música foda na rádio. Comer um sorvete que há muito tempo vc não come. Relembrar jingles de propaganda velha. Assistir um filme foda no cinema. Comentar o filme foda com a galera. Conversar com a galera. Beber. Rir. Ter ataques homéricos de riso com uma sequência de bobagens absurdas no meio da madrugada numa sala de bate-papo. Acordar com a chuva respingando no seu rosto. Cair na água do mar. Olhar mulher bonita na rua. Flertar. Estar com quem você ama. Dar uma bela trepada. Comer pizza fria. Dormir mais 5 minutos. Ligar pra família e dizer que tá com saudades. Dar presentes. Ganhar presentes. Festar. Descansar quando vc está um caco. Se espreguiçar quando está com preguiça. Ganhar colo, cafuné, beijos. Ganhar uma partida de Paciência Spider. Marcar um gol na pelada com a galera. Não conseguir dormir porque o livro tá interessante. Dançar. Fazer coisas ridículas e estapafúrdias quando ninguém está olhando. Tirar meleca que incomoda. Lavar o rosto quando está oleoso. Tomar banho no verão. Se enrolar em cobertas no inverno. Viajar. Matar saudades. Abraçar. Subir em algum lugar bem alto, e olhar o horizonte lá longe. Suspirar. Sorrir. Gargalhar.

Coisas que todos nós temos. Todos nós. À disposição, ao alcançe da mão. A qualquer momento. É para esses momentos que eu vivo, são eles que me dão forças nas horas em que tudo parece estar perdido. Esse festival sensorial que é a vida. A eterna surpresa. O eterno movimento.

Então, com todo o respeito aos maniacos depressivos suicidas que não vêem sentido em nada e que acham que a função do ser humano na terra é sofrer: Manés são vocês, que vivem essa vida de merda :) Eu sou é esperto. Eu descobri o segredo que vocês nunca perceberam. Eu consegui, ainda aqui nesse planeta, ser feliz.



Wind

5.9.02

Os tais posts de aniversário do blog vão ser ainda mais adiados. De hoje até domingo estarei em estado de festa total :) A DeCca já tá aqui, e a Val chega hoje!! :) Estarei portanto OCUPADO demais dando atenção às minhas divas. Vejo vocês em breve.


Fui!!!



Wind

4.9.02

OOOOOkay, meu Blog já está funcionando com o sistema de comments 2.0 !! Adeus código farofa! Agora eu uso MySql :) E tiro uma onda também!

O código está quase perfeito, só falta saber por que cacetes às vezes o número de comentários de cada post aparece, e outras vezes não. Mas esse erro já acontecia no sistema antigo. Muito estranho.

Bem, é muito madrugada pra postar qualquer outra coisa que preste. Deixo pra amanhã.



Wind

3.9.02

Voltei e acabei não postando nada, porque como já devem ter notado, o sistema de comments funcionou por 5 minutos, depois morreu de novo. E ontem eu passei horas tentando consertar essa bosta, só que o código está perfeito. Está tudo certo. Simplesmente não funciona.

Vou acabar tendo que fazer meu próprio código. Tsc. Até lá, estou de muito mau-humor pra postar novidades. Vejo vocês em breve. Ou não.




Wind

30.8.02

ARRE!!!!!!!!!!!!!


Ok, depois de muita merda, muito sufoco, FTP que não conectava, clicar em 5534 arquivos e pedir pra salvar um por um, eu finalmente consegui transferir todos os comments para o servidor aqui da empresa, e agora posso mandar a minha simbólica PIROCA para o BarrysWorld e para todos os outros servers "gratuitos" que dão o barbeador e cobram pela gilete. Como já diria meu netinho HellSpawn007: VÃO SE FUDEREM!! :P Larguei dessa vida. Aqui pelo menos o admin é o Thoth, com ele tem conversa :P

Também estou feliz pq consegui fazer o Linux gravar um CD depois de duas horas fuçando em HOWTO's e querendo morrer. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Menos minhas costas, que estão pela hora da morte.


Mas não é sobre isso que eu tenho que falar. Seguinte, galera. Amanhã é aniversário de 1 ano do meu blog. 1 ano! É impressionante como o tempo passa. De qualquer forma, a surpresa que eu estava preparando para o evento duplo 3000ª visitante/Niver do Blog vai ter que ser adiado pq estou hoje indo viajar para Vitória-ES e volto no domingo. E só aí botarei a mão na massa. Mas, enquanto isso, eu acho que seria legal - mesmo pq eu tive um trabalho canino pra arrumar - que vocês deixassem comments de parabéns pro Windblog, afinal ele sempre foi o companheiro de tédio de vocês que eu sei :D De qualquer forma, volto segunda e posto de novo. Beijos pras moças, e pros rapazes, vamos marcar de sair pra biritar qualquer dia.

Rumo a terras nunca dantes exploradas


Wind

29.8.02

Eu ia escrever sobre o visitante 3000 e sobre todo o significado da coisa, sobre o aniversário do blog que é depois-de-amanhã, botar links novos ali do lado, e etc.

Mas eu perdi a inspiração. E o humor. E a vontade. E o dia. E possivelmente a semana.

Paciência, quem manda ser mané? Mas enfim. Nica, amore, te devo um drinque na próxima vez que formos à Bunker. Ou a qualquer outro lugar, vc escolhe.

E um lembrete para vocês, crianças: Esqueçam o coração de vocês, ajam sempre com a cabeça. Consequências desastrosas não conhecem limite, nem distanciamento temporal.



Wind.


P.S.: Ótimo, o servidor dos comments tá dando chilique. Bem, quem precisa de paz e tranquilidade, né? Lá vou eu consertar.

27.8.02

***ATENÇÃO***

Está chegando o visitante 3000! Caraca, quem diria né :) Ok, prestem atenção no counter e me avisem se tiver sido vocês, que eu vou dar um brinde de presente. :) Também estou preparando surpresas para quando passar de 3000... aguardem


Wind

26.8.02

Aí, fala sério!!


Acho que eu passei esse fim-de-semana inteiro lesado. Dancei como se não houvesse amanhã, deixei os dedos em carne-viva de tanto tocar violão, me esgoelei até não ter mais voz, e bebi. Muuuito. Isso sem contar coisas como ter que voltar da Bunker até em casa (Posto 6 - Largo do Machado) a pé porque não tava nem com trocado pro onbrus. E ainda peguei o caminho mais comprido!

Não sei se é uma bênção estranha, mas ao menos bolhas nos pés eu não fiz. Mas depois da ocasião em que eu subi de Laranjeiras até o Corcovado a pé, de chinelo Rider, e voltei - sem fazer uma bolhinha sequer. E olha que o chinelo tava sujo de areia pq eu já tinha andado a praia de Copacabana inteira - acho que tenho pés de Hobbit. Isso explicaria os pêlos. Hmmm.

Já o resto do meu corpo não teve a mesma sorte. Meus dedos estão ESFOLADOS, e hoje eu dormi mal pra cacete, toda vez que me mexia e a mão esbarrava em alguma coisa eu acordava com a dor. Também estou com o pescoço duro (básico) e as costas destruídas. Caraca, até meu braço tá doendo! E pra completar, hoje estou fazendo o tipo caladão, porque ontem eu perdi a linha e mesmo já estando completamente rouco, eu resolvi terminar a noite num boteco na tijuca, bebendo chopp gelado e cantando - ou melhor, gritando - tudo quanto era música que eu conseguia me lembrar. Resultado, hoje terei que me comunicar com todo mundo no trabalho via ICQ. Mesmo os colegas de sala. Viva a tecnologia.

E eu ainda nem vi o estrago na minha conta, porque esse foi positivamente o fim-de-semana mais caro que eu tive em muuuito tempo. Mas valeu a pena. Ao menos as lembranças são boas. Quer dizer, meio oníricas, e tal. Mas até que faz bem tirar uns dias pra encher a cara. Ao menos, é garantia de que vou acordar cedo. Morrendo de sede. Destruí 2 litros de água mineral hoje de manhã. Eu me sinto o próprio Bob Esponja nos dias seguintes de bebedeira. Não tenho ressaca nunca, mas em compensação, se por acaso não tiver líquido na geladeira, entre 5 e 7 da manhã, eu sou capaz de descer na rua de cuecas e ir me arrastando até o 24h no fim da rua. Hm, agora que pensei nisso, como é bom ser prevenido!

Só espero que esse fim de semana Ricky Martin (livin' la vida loca) não seja um reflexo inconsciente de certas situações escrotas que voltaram a acontecer. Odeio a idéia de ainda me abalar com esse tipo de coisa. Já devia ter aprendido, afinal não é a primeira e dificilmente será a última vez que vão fazer isso comigo... mas ei, estou falando besteiras. Vou tratar da minha vida que hoje é segunda e eu sou uma pessoa responsável.

Ok, ok, não colou.



Wind

25.8.02

Hmmmm, escrever alcoolizado é muito pouco recomendável. Faz a sua máscara de "está tudo bem, a vida é linda" ir pra casa do caralho e coisas que você não queria demonstrar vêm à tona.
Por isso, tomarei cuidado. Nada de revelações bombásticas. Apenas um pensamento:


Já repararam que às vezes nos seguramos para não mandar as pessoas que nós amamos se foderem? Quer dizer, aquelas pessoas que são fantásticas e magníficas 95% do tempo, mas nos outros 5% agem de uma maneira tão escrota que você estufa o peito para mandar ele visitar a mãe na zona... mas não manda.
Cheguei à conclusão de que a sociedade é muito limitada. Ela só admite o foda-se permanente. Aquele que vc explode, manda, e nunca mais fala com a pessoa. E se cruzar com ela no supermercado, finge que está vendo o preço do aspargo, pra não ter que olhar pra ela. O foda-se temporário ainda é desconhecido pela maioria das pessoas.

A diferença entre um e outro, é justamente a amplitude da irritação. Pessoas irritantes por definição, cuja mera presença já incomoda muito e torna o programa sacal, são passíveis de um foda-se permanente. Aquele momento glorioso em que dizemos com todas as palavras que o sujeito deveria estar penteando macacos, expurgando assim a pessoa do nosso convívio, para nunca mais voltar. Já aquelas pessoas queridas, que nós realmente queremos bem e gostamos, mas que uma vez ou outra te dão no saco, essas merecem um foda-se temporário. Algo como "vai cagar, mas vê se volta". Que basicamente significa que você não quer ver a pessoa nem pintada de ouro, até que o assunto saia da sua cabeça e a presença dela seja mais-que-benvinda novamente. É o tipo de atitude que quase ninguém entende. As pessoas são muito oito ou oitenta. "Ame-o ou deixe-o". Bobagem! Ame-o, sim, mas saiba a hora de trancá-lo no armário. Ou de torturá-lo com ferro quente. Afinal, ninguém é perfeito, e nós não precisamos fingir o contrário.

Aliás, é isso que falta às pessoas. Largar mão dessa babaquice de achar que existe alguém "perfeito". Mesmo já sendo ponto passivo que a perfeição é utópica, as pessoas insistem nessa pieguice de "perfeito pra mim". Perfeito pra você é a sua mãe, caralho! Ou não. Pessoas são pessoas. Maravilhosas e irritantes, grandiosas e mesquinhas, soberbas e ei, esse sapato não combina com sua blusa. C'est la vie. É por isso que eu defendo o uso do foda-se temporário.
Do tipo, cara. Vai pra puta que pariu, tá? Mas me liga amanhã.
É. Acho que faz algum sentido.


Wind.

23.8.02

Noite de lua cheia, e subitamente eu me lembrei de uma das músicas mais lindas e fenomenais do mundo, que eu era apaixonadíssimo lá pelos meus 13 anos de idade. Eu e minhas irmãs. A letra é do fantástico Aldir Blanc, e a música é de Guinga, que dispensa comentários. Impossível de se achar na net. Infelizmente. Queria muito ouvir isso hoje. Mas já que não dá, pelo menos a letra eu colo aqui.


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Canção do Lobisomem
(Guinga e Aldir Blanc)

Eu sou inquieto assim pra dar um corte
E no elo entre a satisfação e a morte
Sou o ofício secreto do veneno
Corroendo o amor

- Deus o tenha!
Como disse Drummond (mas que epopéia)
"Essas flores no copo de geléia" me alucinam
"Essa lua, esse conhaque" e o mar
- O que mais quero
Quando não espero é Deus que dá!
Minhas unhas em garras transformadas
Rasgam a roupa da virgem apavorada
Meia-noite e ao romper aquela porta
Que a separa de mim, ela tá morta!
Não dá pra entender

Essa angústia hoje é boa companheira
Da conversa entre o príncipe e a caveira
Deduzi que a esperança
É uma besteira corroendo o amor

- Deus o tenha!
Entre amar e matar não sobra espaço:
Quantas lâminas rente ao meu abraço
E cristais de arsênico em meu beijo
Vão matar o que mais quero
Quando não espero é que Deus dá

Nem a cobra coral, nem mesmo a naja
Dão bote da prata que viaja
Numa bala entre a arma e o meu peito
Acho graça em desgraça
Dito e feito: sou meu matador

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Wind

21.8.02

Parafraseando a Val em sua infinita e deliciosa sabedoria:

Eu quero mais é que o oceano pegue fogo pra eu poder comer peixe frito!

:DD



Wind

16.8.02

Ok, para completar a trindade, uma última poesia aqui. Depois o blog volta ao normal. Afinal de contas, eu tenho uma página onde eu boto minhas poesias. Mas eu não conto não :X


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O Mar


Quem se importa com turbilhões?
Quem quer saber de fogo, de suor, de sofreguidão?
Vem ver o mar
Larga essa vida!

Pro inferno com a chuva, com o trovão!
Pros diabos com beijos, pele, olhar
Vem ver o mar
Vem ver o mar

Que ele quebra o sol,
em milhares de estrelas quentes
Que o cheiro é bom,
Que ele é maior do que você

Sai desse escombro
Esquece o tormento
Não enche o saco!
Vai ver o mar...

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Um pouco de autosátira não faz mal a ninguém :D


Wind

14.8.02

Algumas pessoas nos abrem cortes. Feridas que deixam cicatrizes. As que o fazem de propósito são as mais fáceis de se lidar, e também as mais raras. A maioria, no entanto, nos fere sem a intenção, em momentos de fraqueza.

Dessas, afastamo-nos muitas vezes sem realmente querer. É difícil para alguém olhar no rosto de alguém querido e ver uma cicatriz cuja causa é ele mesmo. E acabam por ir embora para não prolongar a dor da ferida.

O que raramente é compreendido é que a cicatriz é parte nossa, não de quem a fez. Ir embora não a levará consigo. E as dores periódicas continuarão vindo, como hoje.

Com ou sem você.


Eu, particularmente, prefiro enfrentá-las do seu lado.

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Gente... o que deu em mim hoje? :P
Apoveitem que não é sempre ;)



Wind

13.8.02

Er... GERALMENTE, eu não posto minhas poesias aqui. Mas a inspiração veio de surpresa e eu preciso colocá-la em algum lugar pra pegar em casa depois. E já que tem o blog, por que não dividí-la com o mundo, né? Enfim.


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Sem Título


Às vezes te amo tanto que queria rasgar o coração e debruçar-me sobre o papel, na esperança de que o sangue que escorresse formasse as palavras mais intensas para descrever.
Às vezes te odeio tanto que desejo dilacerar o papel, a pena, as paredes, na esperança de exprimir com precisão minha revolta.
Às vezes te admiro tanto que por horas observo o céu, esperando que as estrelas tomem forma de versos, com força suficiente para te contar o quanto.
Às vezes te quero tanto, que preciso te sorver como um viciado na fissura, para que dentro do meu peito, encontre as paredes forradas de verbetes esclarecedores de meu desejo.
Às vezes te desprezo tanto, que desejo que todas as palavras já escritas sejam brancas, para ecoar pra ti o silêncio da minha alma.
Às vezes sorrio, Às vezes choro. Às vezes me dói, outras me alivia. E jamais saberás o quanto, jamais haverão palavras ou sons ou olhares capazes de fazer jús.
Mas eis que te encontro outra vez, e tudo se embaralha, eternamente perdida minha certeza.



Wind

12.8.02

Argh, maldito ataque de nostalgia! :/


O HellSpawn007, meu neto querido e amigo sumido, entrou hoje no IRC relembrando alguns old times. O bizá é que isso acertou alguma veia nostálgica em cheio que está me inundando de passado em golfadas.

A última vez que isso aconteceu, durou umas duas semanas. E desencadeou uma busca desenfreada por mp3 de 10 anos atrás, gerando uma coleção considerável e até um CD de áudio - Antigos Espíritos do Mal, Vol. I :) - que eu ouvia direto no caminho pro trampo.

A questão é: dessa vez, a época que voltou com tudo é mais recente. Bem mais. Questão de 2, 3 anos atrás. O que é ESTRANHO porque essa época de 3 anos atrás foi, positivamente, a mais fodida da minha vida. Fui expulso de casa, morei um ano numa casa alugada com amigos que teve momentos que beiraram os Nove Infernos (experimente morar com mais 4 pessoas em um apartamento de 2 quartos, sendo uma dessas pessoas... sua ex namorada!), e emendou com outra época odiosa em que eu perdi quase todos os meus amigos, bastante da minha dignidade, e a totalidade do meu amor-próprio. Ainda assim, estou com "saudade".

Coloco saudade entre aspas porque não, eu NÃO voltaria no tempo para reviver aquilo tudo e NÃO, eu não faria igual se tivesse a chance. E quem me conhece, sabe que isso é raro. Me arrepender, digo. Mas não é arrependimento, é só... um asco, uma sensação de que quanto mais longe aquilo tudo estiver de mim, melhor. Então, o que acontece na verdade? Saudades só de momentos bons? Tá, tudo bem, mas eu também fico com a merda toda na cabeça. Sentindo como se fosse hoje. O mesmo cheiro no ar, a mesma sensação.

Ou talvez eu esteja viajando. Talvez o afastamento temporal faça com que tudo seja melhor, e afinal de contas hajam coisas boas daquela época. Às vezes me pego pensando em varar noites no computador com a MTV ligada, ou jogando Monster Rancher 2, ou indo nos encontros da galera de novo. Galera. Acho que o que me faz mais falta é isso mesmo. Uma galera.

Ainda tenho a galera do trails das antigas, o RPG na casa do Telles e os eventuais cinemas... mas galera como aquela de 2000, dos EIRPGs, do IRConTrails, de Taubaté... não, aquilo acabou na minha vida naquela época. Povo de faculdade é maçante (ajudaria se eu fosse na aula), e amigos próximos eu tenho 2 ou 3. Os 2 ou 3 que não me abandonaram, esfaquearam, ou simplesmente se omitiram durante a merda toda.

Fazer o quê. O tempo é como a água do mar, lentamente nos erodindo e deixando só a parte mais forte. Felizmente para as rochas, elas não sentem saudades, no entanto.



Wind

11.8.02

Alou! Alguém vivo? Ei, galera, vamos agitar, sim??


Bem, faz tempo que não entra um link novo ali do lado, então pra compensar hoje colocarei dois. Como vocês já devem saber, cada link que ganha um lugarzinho ali na lista ganha também uma introdução formal em post. E os dois blogs que eu vou adicionar hoje ali têm tudo a ver um com o outro. São blogs de duas mulheres capazes de, com um olhar, dissolver que nem sonrisal aquele estereótipo besta que diz que loiras são burras. As donas desses blogs são as duas loiras mais letradas, inteligentes e divertidas que eu tenho o prazer de conhecer :)

O primeiro blog não é exatamente uma adição, e sim um retorno, pois ele já figurou ali do lado uma época. Infelizmente para mim - e para muitos - a autora resolveu fechar o blog, nos deixando órfãos e tristonhos. Mas é sabido que nenhum escritor consegue esconder suas linhas do público por muito tempo, e é assim que eu tenho o prazer de anunciar o retorno do Blog da DeCca e de sua deliciosa prosa poética :)

A outra adição de hoje eu confesso que já venho adiando há muito tempo. Pode ser preguiça, mas pode ser também que eu seja um egoísta safado que quer manter só pra si as coisas boas que conhece :) É o blog de uma paulistana desbocada e barraqueira, de voz estridente e risada escandalosa, e que eu amo de paixão! Difícil não amá-la, aliás. Ainda mais depois de ler o blog dela, um verdadeiro tesouro, intenso, profundo, e tão constante quanto o solo da Lua - que aliás tem tudo a ver com a autora. Um blog lotado de idéias feministas em que toda mulher na face da terra se ideitifica e que qualquer homem com um mínimo de bom-senso tem que dar o braço a torcer (embora, é claro, sempre sejamos a excessão, hehehehe). Trata-se do maravilhoso blog da maravilhosa Val, leitura obrigatória, agora de endereço novo (o antigo é esse aqui, que ainda tem os primeiros textos, e merece uma visita também).


Assim, essas duas divas loiras adentram a seleta seleção (hahaha) de Links do Wind. Um blogueiro relapso e sem-graça, mas ao menos bom gosto eu tenho. Né? ;)




Wind

4.8.02

Caraca, essa semana eu esqueci que tinha blog!! Lembrei hoje :P

É que essa semana lá no trabalho foi perrengue direto, eu nem tive tempo de pensar em qualquer outra coisa. Mas se serve de consolo, Agosto começou muito bem. Dei muita risada e fiz coisas divertidas. Claro que nem tudo é perfeito. Meu curso de faculdade foi quase que completamente abandonado e eu não encontro em lugar nenhum o ânimo para retomar... e a porra do candidato bonitinho e cheiroso apioado por ACM e Jorge Bornhausen decolou "misteriosamente" nas pesquisas e passou o Lula. Eu não sei por que eu ainda nutro qualquer esperança, é como um filme batido que se reprisa de quatro em quatro anos. Lula na frente, aí vem essa galerinha, escolhe o candidato mais bonitinho e cheiroso, alfabetizado e com mulher artista, e se taca na campanha dele. Ele vence, e pronto, lá está a mesma cambada toda de novo no poder. Inacreditável.

Também ando precisando de alguma mudança grande. O que é irônico. A vida inteira eu enfrentei mudanças que eu não queria, sempre foi uma dor imensa para assimilar qualquer mudança na minha vida. E agora, quando pela primeira vez eu estou estabilizado, eu me sinto sufocado pelo cotidiano. É mole?

Bah, nada que preste pra postar. Um bloqueio criativo gigantesco me impede de postar pro Farpas. E eu acho que vou jogar NeverWinter Nights que eu ganho mais.



Wind

27.7.02

Uma série de coisas não-relacionadas e pequenas demais para fazerem diferença sozinhas fizeram uma enorme diferença pra mim. Estou com uma sensação de desconforto constante. Como dizem por aí, parece que tem alguém pisando sobre meu túmulo. É estranho, não sei dizer. Parece que em algum lugar escondido dentro de mim eu estou chorando, mas eu não sei aonde, e só ouço os ecos dos soluços. E o pior é que eu pareço estar bem, mas ontem, por um segundo, eu agi com a convicção de alguém que não tem nada a perder. Quase me meti numa briga de graça. Acho que eu fui lá querendo brigar. No fim das contas, acabei ganhando a parada sem precisar sair no tapa - sorte minha, eram 3 playboys contra 1 eu - mas pela primeira vez em uma situação de confrontação, eu não estava tenso com a possibilidade de estancar porrada. Na verdade, estava contando com isso. Bizarro.

Preciso dar um jeito de controlar esse meu instinto sanguinário que aflorou agora de repente. O problema é que, ainda se a razão da minha melancolia fosse uma só, era fácil de resolver. Mas foram várias pequenas coisas, que não deveriam fazer diferença alguma. Mas fizeram.



Wind

23.7.02

Basta olhar em volta para notar a imensa escuridão em que caímos. Somos criaturas rastejantes, expulsas do paraíso, criando nosso próprio inferno. Nos encolhemos em nosso mundinho, cercado de nossos prórprios excrementos, repetindo baixinho que assim que é bom. Apenas para não ter que se levantar, sentir o peso do corpo, andar com as próprias pernas. Medo dos tiranossauros que vagam as ruas, medo dos monstros de metal engolidores de gente, medo da ira divina de algum Deus recém-inventado e mal-humorado. Comendo uns aos outros vivos por medo de entrar no pomar dos gigantes. Somos fracos, cegos, idiotas, medrosos, e ainda assim prepotentes. Escrotos. Membros de uma raça que já se extinguiu, mas esqueceu de morrer.

Mas ainda assim, uma vez ou outra, um facho de luz branca e límpida nos acerta o rosto, uma lufada de ar puro ultrapassa nossas barreiras, ignora nossa insensatez, e traz um pouco de vida melhor para cada um, de esperança, de compaixão, de glória:

A Rádio Mania FM parou de tocar pagode e passou a tocar ROCK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Existe salvação!!! :DD Tudo tem conserto!!!! :DDDD Tudo pode ser!!!!! Meu salário pode aumentar!! O Lula pode ser presidente!!! O Oriente-Médio pode alcançar a paz!!!!!!!!! BRASIL, HEXACAMPEÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Perdoem o susto, leitores. O autor está em êxtase.



Wind.
É. Aqui estou eu, com sono, gripado, com dor de cabeça, com fome, sem grana, me recuperando de um teste desastroso de CVGA, e de mau humor.

E não posso trabalhar porque o servidor caiu e ninguém faz idéia do porquê. E também não posso ir embora porque a empresa está sob auditoria, e eu tenho que estar na mesa com cara de quem trabalha pacas.


Se eu fechar os olhos e bater três vezes os calcanhares, será que isso acaba?




Wind
Não se preocupe, minha querida flor à beira do inverno. Eventualmente, apesar - e em virtude - dos mútuos esforços contra, eventualmente eu me torno você e você se torna eu. Como sempre soubemos que iria acontecer. Inesperadamente.


Enigmático de Cerveja,



Wind

21.7.02

Apenas uma coisa que eu aprendi há um tempo atrás, e lembrei agora não sei por quê:


Nunca perca tempo tentando esconder seu lado ruim das pessoas. Isso só faz com que a decepção e o choque sejam maiores quando ele inevitavelmente aflorar, mais tarde. Ao invés disso, espere pela pessoa que vai aceitá-los e permanecer com você mesmo sabendo que você é uma "pessoa difícil". Em todo caso, esteja preparado para morrer sozinho.



Wind

17.7.02

Estou tentando vencer a minha preguiça de desenvolver aqui os assuntos que eu penso durante o diai... Culpa do sono, já disse... mas se esse povo comentasse, nem que fosse um "eu li viu?" eu teria mais vontade de escrever. Afinal eu escrevo esse blog pra vocês, galera. Se fosse pra ser só pra mim, não faria sentido ele estar na WWW :P

Enfim, hoje aconteceu algo digno de comentário. Sempre acontecem coisas dignas de comentário, mas essa eu realmente fiquei com vontade de escrever. Complementa aquele meu texto sobre comportamentos que me irritam. Daquela vez eu havia dito o quanto eu odeio quando me criticam na frente de outra pessoa, especialmente quando não é uma crítica construtiva e sim uma reclamação. Disse também que ainda pior era quando me criticavam PARA a outra pessoa, na minha frente, como se eu não estivesse ali, como se estivessem discutindo o comportamento de um animal de estimação.

Pois é, mas hoje eu consegui definir qual é pior, a mais irritante, dessas situações. É quando me criticam para aparecer.

Aconteceu de ir almoçar com amiga minha hoje, como eu faço às vezes, e ela estar acompanhada de uma colega da faculdade dela. Eu gosto muito da menina, mas ela tem um protocolo social expansivo que às vezes me irrita. Acho que todo mundo conhece alguém assim, que quando está só com você é um amor de pessoa, mas quando está em público veste uma máscara irritantemente nojenta. Pois é. Essa minha amiga gosta de chamar atenção, e o recurso mais básico que se usa quando se quer ser centro das atenções é fazer os outros rirem. Até aí tudo bem. Mas existem maneiras e maneiras de fazer os outros rirem. Algumas são boas, outras não. Uma das que NÃO são boas, apesar de muito eficiente, é ser sarcástico. O problema é que sarcasmo requer uma vítima.

Eu acho que todo mundo tem uma certa tendência de ser sarcástico, porque grande parte do humor das tiras de jornal, programas de tv, cartuns, etc, que nós crescemos lendo e assistindo, é composto de sarcasmo. Quando eu era pequeno eu era fã de Garfield. Isso fez com que eu afiasse muito meu sarcasmo, e eu instintivamente usava isso para ser engraçado e aceito em grupos. Mas meu pai veio um dia me avisar que isso não era legal e tal, que nos quadrinhos não havia prejudicados pois eram todos personagens, mas na vida real isso sempre atacava alguém, etc e etc. Uma coisa que nunca saiu da minha cabeça, porque a partir desse dia eu notei que REALMENTE, quando eu começava a fazer piadas, SEMPRE alguém ficava ofendido. Ou eu ficava com fama de arrogante, ou coisa parecida. Desde então eu aprendi a me policiar. Nem sempre eu consigo filtrar, é claro, mas quando eu percebo o que estou fazendo eu fico muito mal, trato logo de pedir desculpas.

E é por isso que eu não brigo quando fazem comigo. Nas primeiras vezes. Mas quando se torna um fato repetitivo, a pessoa que me perdoe, mas eu faço um esforço hercúleo para não mandar tomar no cu e sumir. Ainda mais quando eu sou SEMPRE a variável do algoritmo de autopromoção da pessoa, porque "eu sou tão amigo e isso dá a liberdade de falar assim". Ora, vá pra @#@#%$#$#!!! Tem coisa mais irritante do que alguém que te machuca e diz que "é porque te ama"? Acho que essa é a frase mais imbecil do universo. Amar não significa que vc possa usar a pessoa de para-raio. As pessoas tem essa idéia de que o amor é aguentar todos os defeitos escabrosos sem reclamar e achar isso o máximo. Isso não é amar, é ser mané. Quem ama mesmo sempre pensa duas vezes antes de abrir a boca, para não magoar justo aquela pessoa que é tão importante.

Mas enfim, eu não briguei. Não briguei, nem falei nada, porque há de se perdoar. Eu gosto dela, é o jeito dela, e embora torre o saco, há de se perdoar. Ao invés de brigar, retribuí a achincalhação pública com uma contra-achincalhação ainda mais pública, eternizada em blog. Mas vocês nem sabem quem é, então não faz diferença mesmo.

No fundo eu já esqueci. Mas é que dava um bom texto.



Wind.

14.7.02

Bicho, ultimamente eu ando num sono....

O lado bom é que eu reorganizei meus horários e estou acordando cedo e indo pra faculdade numa boa outra vez. O problema é que todo dia às 6 da tarde começa a bater um sono tão forte que todos os dias eu durmo no ônibus voltando do trabalho, chego em casa, aguento uma hora no máximo, e acabo capotando. Consequentemente, meu horário de escrever no blog está seriamente afetado :/

Não liguem se eu começar a escrever umas besteiras imensas. Pensem sempre que eu devo estar delirando no melhor dos casos :P


Eu tinha vontade de escrever mais, mas tô morrendo de sono.



Wind

10.7.02

E enquanto o maldito blogger não publica (@%!#$!@#!@#), eu boto aqui uma letra maravilhosa, inclusive perfeita ilustração do post anterior, e obviamente, de autoria de Chico Buarque. Música-tema da maravilhosa peça O Grande Circo Místico (que recentemente tive a chance de assistir, após ter crescido ao som do LP, raridade garimpada pela minha mãe), e que remete diretamente a tempos mais felizes. Curiosamente, a letra tem tudo a ver com tudo. Metalinguística em loop infinito. Penei meses para conseguir a mp3 (tão rara quanto qualquer material da peça), e mando para quem quiser. Aqui vai:


O Circo Místico


Chico Buarque & Edu Lobo

Não
Não sei se é um truque banal
Se um invisível cordão
Sustenta a vida real...

Cordas de uma orquestra
Sombras de um artista
Palcos de um planeta
E as dançarinas no grande final

Chove tanta flor,
Que sem refletir
Um ardoroso espectador
Vira colibri

Qual,
Não sei se é nova ilusão
Se após o salto mortal
Existe outra encarnação...

Membros de um elenco
Malas de um destino
Partes de uma orquestra
Duas meninas no imenso vagão

Negro refletor
Flores de organdi
E o grito do homem voador
Ao cair em si

Não sei se é vida real
Um invisível cordão
Após o salto mortal

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Wind
A maioria das vezes que pensamos nos bons tempos que se foram - quaisquer que tenham sido - pensamos neles com ternura e aquela saudade gostosa de "ah, como era bom"...

Mas uma vez ou outra, a saudade que vem não é gostosa. É enorme, opressora, sufocante. Capaz de deprimir até o mais leve dos corações. É mais do que uma saudade, é a plena consciência da perda inevitável de valores e de fé que as quedas da vida nos forçam a ter. É a vontade íntima de ainda poder crer na utopia, ainda ter esperança em coisas comprovadamente fantasiosas.

Hoje sinto falta de muitas coisas. Um exemplo dos mais ridículos, sinto falta da época em que eu acreditava que poderia voar. A vida, tecnicamente, era a mesma porcaria. Mas ah, como a expectativa melhorava as coisas! Como a idéia de que um dia tudo ia ficar mais divertido fazia com que o peso sumisse... Eu parei de acreditar nisso há muito, muito tempo. Mas não queria.

Há um tempo atrás, por motivos igualmente saudosos, eu voltei a acreditar que podia voar. Uma crença menos literal, mas igualmente mágica. Mas meu vôo não durou tanto quanto eu gostaria, e a aterrisagem foi catastrófica. Hoje eu ando com os pés bem presos no chão. Uma vida que, sob a luz de qualquer análise crítica, é muito mais regrada, disciplinada e saudável. Mas quer saber? É uma merda! É um vazio sem fim, um frio, uma cegueira voluntária. É pequeno, é ralo, é insosso. É ter a perspectiva de continuar na mesma para o resto da vida. E isso para mim é morte cerebral. Prematura.

Perdoem-me o fatalismo, mas é que, vez ou outra, bate uma saudade que não é gostosa. É enorme, opressora, sufocante. E é melhor exorcizar, antes que ela faça as cicatrizes sangrarem.



Wind

9.7.02

Jeitinho Brasileiro


Existem atitudes ruins no mundo. Não tenho - ninguém tem - moral para classificar nada como certo ou errado. Mas posso, sim, baseado em história e em senso comum, basear em bom ou ruim. Não bom ou ruim para mim, isso é fácil de classificar. Mas existem coisas boas e ruins de maneira geral.

Dentre essas coisas ruins de maneira geral, existem as óbvias. Tortura, assassinato, estupro, roubo... todas essas coisas que você pode claramente, em duas ou três frases, explicar de maneira decisiva por que são coisas ruins. Mas existem outras que não são tão óbvias. Partem de um raciocínio que está 90% correto, mas cuja falácia ocorre lá atrás em tempos imemoriais, de modo que não é tão fácil argumentar contra. Vocês provavelmente conhecem, aquele tipo de pensamento que você *sabe* que está totalmente torto, mas não saberia argumentar contra. Isso acontece muito com discursos políticos de chapas estudantis "profissionais" (aquelas das quais geralmente fazem parte os caras com a matrícula mais jurássica da instituição), por exemplo. Os políticos fora da faculdade já aprenderam a mascarar até mesmo aquela falácia que te dá a sensação de algo errado, mas não é disso que eu quero falar hoje.

Não tem nada mais odioso do que alguém que quer tirar vantagem em tudo! O típico brasileiro da lei de Gerson! Esse ser horripilante que vomita sua atitude do alto de uma arrogância imperiosa, de quem tem certeza de que está agindo da maneira mais correta do mundo.

Explico: Os ônibus do Rio de Janeiro, ao contrário da maioria dos outros estados, têm a entrada na parte traseira e a saída na dianteira. do lado do motorista. Mas recentemente isso começou a mudar. Alguns ônibus novos que estão circulando por aqui inverteram o sentido da entrada e da saída. E nesses ônibus, a roleta fica mais para o meio do corredor, já depois de duas ou três fileiras de assentos da parte da frente, que são reservadas para os idosos e deficientes - ao contrário dos ônibus comuns, que têm a roleta já de cara para a entrada. Pois bem, foi um desses ônibus que eu peguei para voltar para casa. Estava achando engraçado, porque obviamente o assunto da viagem era a entrada trocada. Todo mundo que ia subir, a despeito dos adesivos enormes escritos "entrada pela frente" colados na frente do ônibus, fatalmente ia dar com o nariz na porta de trás antes de perceber. E entrava, é claro, comentando a novidade com o motorista.

Lá pelas tantas, subiu uma mulher com duas filhas de uns 8, 9 anos de idade. Depois de passar na roleta, a mulher começou a comentar com a cobradora: "Ah, agora tem cadeira atrás da roleta? Que legal! Eu não vou mais passar roleta, vou subir ficar lá e sair sem pagar!". Assim, na cara dura. Claro que a cobradora abriu aquele olhão, e comentou meio baixinho que era contra a lei e que não podia fazer isso, mas a mulher com aquele ar de razão, foi logo dizendo "eu pego esse ônibus todo dia. Eu gasto o maior dinheiro com ônibus. Então, quanto menos eu puder pagar, menos eu vou pagar, é lógico.". E não bastando ser escrota desse jeito, a mulher ainda foi para aonde as filhas tinham se sentado e começou a INSTRUIR as meninas para dar calote nos ônibus!

Primeiro de tudo, eu quero dizer que não sou nenhum defensor da ordem capitalista. Não sou contratado por empresa de ônibus para fazer campanha. Também não sou hipócrita. Tenho muita coisa pirateada em casa e admito. Mp3 mesmo eu tenho um monte. Mas eu também tenho critérios.

No caso de mp3, por exemplo, eu tenho consciência de que não estou lesando o artista de maneira nenhuma. Não vou nem dizer que "as músicas que eu gosto eu compro o CD", porque verdade seja dita, não compro. Mas e daí? O lucro do artista por cópia de CD vendida é ridículo. Menos de 1 cent (de um CD que custa uns $20, sendo que só $0,30 disso é para pagar o disco). O que acontece é que com a mp3, ficou mais fácil vasculhar o mar de porcaria que tem por aí para achar alguém que preste. E esse alguém, eu divulgo, fico tiete, vou nos shows (que nesses sim há uma divisão mais justa dos lucros, e geralmente, se há fracasso, quem se ferra é o organizador), e etc. Mp3 são uma bênção para os artistas. As gravadoras é que odeiam, porque a mp3 ameaça a própria razão de existência delas. Mas e daí? Encontrem outro ramo de trabalho, ora essa. Com softwares, jogos, etc, a lógica é bem parecida.

Agora, com ônibus não. A não ser que houvessem pontos da cidade em que fosse ESTRITAMENTE impossível se chegar de qualquer outra maneira que não de ônibus, o ônibus é uma prestação de serviço que deve ser tratada como tal. Sem entrar no mérito da medida justa dos preços, ele tem que ter um preço, que é o preço que paga o salário do motorista que te leva e te traz, que paga o conforto do assento, que paga a disponibilidade de carros circulando. Qual é a ideologia que aquela mulher imbecil ostenta para deixar de pagar? E, devo esclarecer, não era uma mulher de classe pobre, não. Ainda se fosse, eu diria que ela tem lá sua razão. Mas era uma mulher enorme de obesa, com roupas de executiva, e duas filhas com uniforme de escola particular. E ainda assim, ela ficou chorando miséria com a maior das petulâncias para a coitada da cobradora, essa sim uma pessoa simples, que ficou sem resposta. Por causa daquilo que eu disse no começo do texto, é difícil argumentar contra esses textos baseados em falácias. Difícil, mas não impossível. E deixe-me esclarecer aqui o meu ponto:

Se ela trabalha, tem condições de vida ainda que apertadas, se tem renda, então é dever dela pagar pelo serviço de transporte! Eu tenho muito menos grana do que ela, e pago! Não querer pagar é botar o precioso dinheirinho dela acima de outros valores. Gente como essa mulher não se preocupa em expandir a realização da consequência de seus atos. Para eles, o que interessa é o micro-universo imediatamente adjacente a eles. Suas casas, seus carros, seu dinheiro, seus filhos, seus parentes. O resto que se arrume, pois não é problema deles. Só que as mesmas pessoas que pensam assim, enchem a boca para falar que os políticos são corruptos, que os donos de empresas cobram preços abusivos, que os patrões exigem tudo e mais um pouco sem dar nada em troca. Qual é a moral que eles pensam que têm para reclamar, se eles têm a mesma atitude? Eu acho que é recalque, é inveja de não serem eles a estar lá tirando vantagem, porque muito embora eles tenham esse pensamento "vencedor", ainda são uns pouca-merdas na vida.

Agora, o pior de tudo é perpetrar essa mentalidade escrota nas crianças. A mulher falando aquele monte de merda pras filhas - que ainda perguntaram se era certo mesmo aquele absurdo, com inocência infantil. É claro que a mãe emendou um discurso com voz de autoridade sobre como era justo e correto se aproveitar da situação para economizar. Que ódio, cara! Deu vontade de fazer que nem cachorro, que bate com jornal no focinho quando faz coisa errada. Queria pegar a apostila de Cálculo que eu tava lendo, enrolar e dar na fuça daquela toupeira, pra ver se ela se tocava da porcaria que ela tava falando. E ainda ensinando pros filhos. Isso é quase tão criminoso quanto roubo, estupro ou assassinato. A educação ruim deliberada.

Enfim, é triste. Mas é cultural, também, o que agrava a praga. Quase todo mundo foi ensinado a ser assim. Deve ter muita gente que lê esse blog, que pensa assim também, infelizmente. Para todas essas pessoas... considerem-se estapeados no focinho.



Wind

7.7.02

Me surpreendi outro dia desses com um fato inusitado: Alguém me disse que não gostava de Chico Buarque.

"Peraí", perguntei. "Como assim não gosta de Chico Buarque?". Na hora, aquilo me pareceu inconcebível. E de certa forma, ainda parece. Não sei dizer ao certo por quê. Dos grandes compositores da MPB, eu entendo que haja quem não goste de Caetano. A atitude e a música dele estão longe de ser unanimidade, ok. Gilberto Gil, e sua fascinação pela astrofísica, também entendo que haja quem não goste. João Gilberto, esse nem eu gosto :) Não acho nada de genial em ficar enlouquecendo com o tempo da música, mas fazer o que. A maior parte das pessoas admira.

Agora, Chico? Como pode alguém não gostar?! Após um pouco de conversação com a pessoa (era um randômico, ninguém que eu conhecesse), vim a saber que o "não gosto" era mais como "não ouço desde que era criança, não lembro das músicas". Mais aceitável, mas ainda assim fica aquela sensação de que alguém que ouve Chico uma vez, lembra pro resto da vida.

Não sei dizer quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Se sou fascinado por Chico porque as músicas dele são a materialização perfeita do que fala à minha alma, ou se isso acontece porque ouço Chico desde muito pequeno. Nah, eu não cresci ouvindo só ele. Ouvi muito Caetano e Djavan também, e mesmo assim apenas aprecio as músicas deles hoje em dia. Chico Buarque é minha eterna e total paixão. Uma paixão que eu tive a oportunidade de renovar, escutando novamente as milhares de músicas que eu já escutava desde bebê, mas agora com discernimento para perceber todas as nuances das letras - e que letras ele tem!

Peço aos leitores do Blog que perdoem esse arroubo de tietagem :) Mas foi inevitável. Outro dia cheguei à conclusão de que embora eu tenha muitos artistas que eu realmente adoro e admiro na minha lista, eu não sou tiete de nenhum deles. Nenhum exceto o Chico. Ele sim, quando morrer (e TOMARA que daqui a vários anos, velhinho que nem Mário Lago), eu vou ficar arrasado. Vou chorar, vou ficar órfão, etc. Porque cada música dele é uma obra de arte. E a quantidade de músicas fantásticas que ele fez só prova que não é sorte ou fase boa, como outros compositores têm. Ele é foda, mesmo! :)

Queria saber se sou só eu que penso assim, ou alguém também acha Chico Buarque o nome maior da música brasileira? Ou então, se alguém compartilha da opinião do randômico supra-citado, e não gosta de Chico?

Respondam no comments, please.



Wind, abrindo a primeira enquete da história de seu blog.

6.7.02

Para provar que não era fogo de palha, ainda outro Capítulo novo no ar :) Na verdade, já está lá desde ontem, mas na exata hora em que eu publiquei, o Blogger saiu do ar e ficou hoje um tempão sem poder postar, o que me impediu de avisar aqui :P

A gente passa tanto tempo sem escrever nada, quando se anima, o blogger não colabora :) tsc, tsc, tsc.....



Wind

4.7.02

Hm. Feliz Aniversário, mamãe :))

E como eu prometi, presente de aniversário: Capítulo novo no Farpas de Gelo

Beijos do filhote que te adora :****************



Wind

3.7.02

Nossa! Sem sacanagem, estou espantado :) 9 comments.... tudo bem que teve vários repetidos, hehehehehhe. Mas não achei que fosse ter tudo isso. Bem, on with the blog eu acho :) Já que até gente que eu nunca imaginei que lesse essa página se manifestou (Oi Nanda :P), ela continua. Até vou ter mais ânimo para escrever aqui, juro. Ao menos tentar. No fim das contas, o Blog é meio terapêutico. Vai ver a vida anda meio chata porque eu esqueci dele....

De qualquer forma, estou aqui ainda gente. Mais tarde posto de novo ;))



Wind

1.7.02

Hmmmmm, zero comments no último post, e o número de visitas estacionou.... e eu continuo sem saco de escrever, acho que é hora de decretar a morte desse blog. Odeio ter que fazer isso, mas é melhor do que uma página mofando e pegando teia de aranha.

Vou dar 3 dias para as pessoas se manifestarem, se ninguém disser nada, assumo que ninguém mais lê mesmo e fecho ele. 3 dias moçada. Até lá.


Wind

24.6.02

Como a minha pouca vontade de escrever continua, e faz muito tempo que eu não posto nada, só para não passar em branco, vou colocar aqui um texto meu antigo. Ele fez um ano de idade pouco tempo atrás, e acho que vale a pena publicá-lo, muito embora ele seja sombrio e pesado. Mas é melhor do que nada, não? Bem, aí vai.


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Morte. Uma palavra forte, sem dúvida. Especialmente no início de um texto. Porém, não é forte o suficiente. Tal qual Amor, Ódio ou Terror, é uma palavra mais ou menos comparável a um arcano maior do tarô. Possui milhares de significações e nuances, mas a mera menção de seu nome não basta para instaurar a impressão total de sua profundidade. Porém, para isso inventaram os adjetivos complementares. E deles faço uso para retificar o início do texto. Não mais “Morte”. E sim, “Morte violenta, súbita e horrenda”.

Isso resume mais ou menos o que foi a noite de hoje. Digo mais ou menos, porque foi bem mais do que isso. Foi um choque. Foi um soco no meu estômago. Eu, que sempre considerei a habilidade de sentir como a maior prova de humanidade que eu podia encontrar em uma pessoa, também sempre me orgulhei de ter uma imensa capacidade sensível de me colocar na pele das pessoas, de compreender o mundo através delas e assim entendê-las. Mas muito mais do que uma capacidade treinada, essa é uma capacidade inata e fora de controle. E hoje, num efeito colateral desastroso, eu estive na pele de uma mulher que foi arrancada da vida e do mundo que conhece de uma hora para a outra, deixando não um cadáver bonito e altivo, um espelho de sua alma, mas sim um corpo retorcido numa calçada suja. E na pele de um homem que, em um instante, tem a pessoa que ama ao seu lado, e no instante seguinte, a perdeu para sempre. Certo, nem sei se ele a amava de verdade, nem sei dizer o que seria um amor de verdade, mas independentemente disso ele definitivamente a prezava e queria. Estava evidente no timbre de sua voz quando ele gritou de terror. Palavras que nunca mais vão sair da minha cabeça, assim como a imagem de uma rua escura e monocromática, um estrondo, uma batida entre dois carros, pedaços de veículos e de gente para todos os lados.

“Você matou minha mulher, filho da puta”. Uma frase dura, sincera e horrenda, piorada pelo tom indescritível de horror, ódio e completo desespero da voz que a proferia repetidamente, enquanto seu dono se afastava do corpo inerte da namorada no chão para atacar como um animal ensandecido o motorista do outro carro, que estava com sua mulher ainda bem viva e histérica. As pessoas surgiam de todos os lugares ao redor, a rua de deserta ficou lotada em segundos, todos vendo aquela cena grotesca, levando as mãos à cabeça em desespero, desnorteadas.

Na hora, eu simplesmente não pude fazer nada. Fiquei paralisado, demorei um pouco até sacar meu celular da cintura e discar para a polícia. 190. Telefone de emergência. Emergência. Emergências pressupõem necessidade de socorro imediato. E nunca me senti tão ofendido quanto quando ouvi uma mensagem gravada dizendo “Todos os nossos operadores estão ocupados, por favor aguarde”. Seguida de - absurdo - uma musiquinha idiota. Inevitavelmente, me imaginei um dia com o telefone na mão, vendo um maníaco qualquer apontar uma arma para a cabeça da minha filha, e uma maldita música inútil do outro lado da linha. Me senti esgotado, inexpressivo, quase tão morto quanto a mulher que jazia ali na frente. Não há nada de humano na sociedade em que vivemos.

Eu estava de carona com um camarada que conhecera algumas horas antes. Nem lembro o nome dele, mas com certeza lembro do silêncio pesado do carro, do rosto dele, de sentir que ele estava tão mal quanto eu, ou talvez pior. Não parava de me perguntar por que fui escolhido para assistir aquilo. Por quê? Tanta gente por aí que merecia mais, tanta gente imprudente que merecia estar agora com o medo que eu, que sempre fui tão preocupado com segurança e sempre tão contra correr riscos, estou agora de entrar em qualquer carro outra vez ... Tanta gente com curiosidade mórbida de assistir a um acidente, ver um cadáver de perto, coisa que eu nunca, nunca tive, pelo contrário! Tanta gente que iria pelo menos tirar um aprendizado construtivo daquilo. Mas não eu. Eu somente morri, morri um pouco junto com aquela mulher, porque vou carregar a morte dela na minha mente com todos os detalhes, pelo resto da vida.

Não consegui deixar de traçar um paralelo, guardando as proporções, com o dia em que o carro à nossa frente numa estrada atropelou o pai de uma família de capivaras que atravessava a pista correndo. A imagem do animal rolando por baixo do carro e sendo esmagado ficou viva na minha memória até hoje. Mas o instinto faz com que a morte de um semelhante seu, de sua raça, seja muito mais chocante do que a de qualquer outro animal. Ah, como se engana quem diz que a televisão banaliza a violência, que milhares de cenas de morte televisionadas fazem com que as pessoas achem normal. Não, elas pensam que acham. Mas a morte de verdade não é alegoria. Não é catchup, não é efeito especial. É alguém que estava lá e não está mais. É violenta e horrorosa. A morte digna, como a de meu avô, que pediu a minha avó para ir porque não queria mais agüentar a dor de um câncer, essa é muito menos traumatizante, e não aparece nos filmes. E ainda por cima, tal qual no caso da capivara, em que o motorista de um carro de conhecidos que vinha atrás do nosso disse que tinha visto o animal ainda se mexendo mesmo depois de atropelado, esse meu colega que me dava carona afirmou para mim ter visto a mulher se mexendo. Qual o alívio que se espera causar com isso? Será que eu devo ficar mais horrorizado com a idéia de uma morte brutal, porém rápida, ou com a idéia de que ela estava ainda sentindo a dor de estar mutilada e dilacerada? Tenho engulhos só de pensar nisso.

Durante todo o resto da noite, eu me cerquei de amigos, pessoas queridas, engraçadas, tentei me distrair, mas tudo tinha perdido a fagulha. A morte estava me rodeando o tempo todo, estava em tudo o que eu via. Cada carro que passava na rua explodia, batia ou me atropelava. Cada pedaço de vidro cortava, cada movimento brusco atingia, machucava, cegava. Cada pessoa poderia não estar ali no momento seguinte. O ônibus que eu ia pegar para voltar para casa demorou demais, e eu tentei pegar um táxi, mas a mera menção de entrar num carro me fez estremecer e recuar. O carro estava cheirando a morte.

Sim, é verdade, agora eu sei que a morte tem um cheiro. Tem cheiro, gosto, imagem e som. E na minha existência, esse cheiro, som, imagem e gosto serão para sempre os daquela esquina.

Ainda não me conformo, não deveria ter visto aquilo. Não era para mim. Era para essas pessoas que, como aquela mulher, andam sem cinto de segurança. Que, como ambos os motoristas, atravessam cruzamentos em alta velocidade, sem olhar para os lados, sem acreditar que a qualquer momento um outro idiota como você pode estar fazendo a mesma coisa. Será que essas pessoas não compreendem as conseqüências desses atos? Algumas até compreendem, mas não sentem... acham que um pequeno risco não faz mal. A maioria não compreende de maneira alguma. Será que elas precisam ver, como aquele homem viu, seus entes queridos reduzidos a massas disformes de carne e sangue num passeio público? Será que precisam morrer, como ela morreu? Ou será que precisam carregar a culpa de uma morte, se tornarem assassinos, como o outro motorista? É isso que as pessoas arriscam? E para quê, para chegar mais rápido em casa? Pela emoção da velocidade? Para evitar o desconforto de um cinto? Crianças. Burras e irresponsáveis. Mas ainda assim não merecem esse sofrimento, ninguém merece...

Talvez eu esteja exagerando. Eu não morri. Não sou aquela mulher. Também não sou aquele homem, pois todos os meus entes queridos estão vivos e bem, e amanhã poderei me encontrar com eles e ouvir palavras novas e inéditas vindas de suas bocas, e receber abraços novos como o orvalho fresco, e tenho um futuro com eles pela frente. Também não matei ninguém. Mas não posso deixar de imaginar que poderia ser eu em qualquer dessas situações. Bem ou mal, por mais distante que nosso carro estivesse do outro, por mais que meu motorista fosse infinitamente mais prudente, e ele era, o personagem do acidente poderia ter sido eu. Eu estava sentado aonde ela estava sentada.

Sei que não consigo imaginar a dor de nenhum dos envolvidos, mas infelizmente sei calcular a razão da grandeza dessa dor. E isso é repugnante e doloroso. Tudo bem, a morte é um mistério, não sei o que há do outro lado. Mas mesmo antes de um livro iniciático me apresentar as analogias como a chave para a compreensão do universo, eu já tinha essa noção de que as coisas são paralelas e equivalentes. Eu já passei por sensações de perda em diversas escalas, e consigo, para meu terror, imaginar a sensação de se perder tudo. De ser ejetado da sua realidade e sem chance de voltar, de terminar o que se tinha deixado pela metade, de cumprir seus sonhos, de corrigir seus erros. Então, onde quer que a mulher esteja, como eu desejo que a dor não seja intensa para ela, como eu desejo que ela supere logo!

Quanto a mim, o dia clareou, e eu melhorei. Não gosto da noite na cidade, cheia de luzes artificiais e um céu sem brilho e opressor. Nunca pedi para ser notívago, e a única circunstância em que talvez gostasse disso seria se a noite fosse como no campo, sem lâmpadas, com estrelas, céu aberto, e a certeza de que você está olhando para o infinito. De resto, dependo muito mesmo do sol. Passar um dia sem vê-lo é ficar extremamente mal-humorado e alterado. O sol sempre foi minha fonte de energia. E olhar para o mar também me foi muito saudável. Engraçado como o mar me passa muito mais sensação de vida fervilhando do que, por exemplo, uma vista panorâmica de ruas movimentadas. A revoada de pombas que me recebeu quando saltei na minha rua também ajudou. Acabou que as ondas, as pombas e o sol afastaram a morbidez da minha alma, conseguindo me mostrar vida, a vida que eu não via mais nas pessoas. Aliados a esse texto, esse desabafo, me fizeram conseguir expiar as angústias do meu coração e agora posso dormir mais tranqüilo. Não serei o mesmo depois dessa noite. Talvez tenha sido esse o sentido de ver o que eu vi. Mas o importante é que aconteceu, e não passou em branco. Guardarei sempre esse texto como prova de mais essa vivência estranha e inesperada no meu caminho...


Rio, Junho de 2001


Wind

18.6.02

Reflexões rápidas sobre a Copa:


* Não deu para a seleção japonesa. Foram eliminados pela Turquia mesmo com a maioria dos jogadores jogando em sua forma Super Sayajin.

* Por que será que tudo o que o Cléber Machado fala, mesmo nos raros casos que é o logicamente correto, acontece o contrário?!

* O José Roberto Hait inventou uma nova iguaria tipicamente coreana: o Pastelzinho da Sorte!

* Coco e sua redundante atadura no coco.

* O Thoth jogou bem, mas foi expulso :/. Quem mandou cavar pênalti, Thoth?!

* Quando o Nam Kim se machucou, eu tinha quase certeza que o técnico Guus Hiddink ia substituí-lo pelo Sfero Grafika. Mas ele preferiu botar a Chun Li mesmo. Acho que é porque ela é a que melhor chuta ali.

* A copa foi boa e tudo, mas entre Beckham e Roque Júnior, eu prefiro começar desde já a torcer pro Senegal...



Wind.

12.6.02

Caracoles! Faz tempo que eu não posto...

E vai fazer mais ainda. Por alguma razão misteriosa, eu ando sem qualquer assunto para postar aqui. Nem revoltas, nem reflexões, nem piadas, nem mesmo testes. E não é que eles não estejam aí, acontecendo. É só que... sei lá, ultimamente tenho visto pouco uso em publicar essas coisas. Acho que estou impublicável.

Ou é mais uma daquelas épocas em que não importa o que aconteça - e muitas coisas acontecem - um tédio onipresente e opressor toma conta de todas as entrelinhas, de todos os intervalos, de todas as reticências.

Acho que me falta algo. Só não sei o que.



Wind

6.6.02

HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHA!!!
Alguém me faça parar de rir.... ai..... :~D

RESPECT MY AUTHORATHA!!!!!!!!!


Façam os seus aqui!



Wind

2.6.02

Sem noção

Ontem foi o casamento de minha mãe, e foi muito lindo. A festa não foi nada convencional (famíla de artistas...), todo mundo se emocionou, e blablabla. Eu gostaria realmente de escrever sobre isso. Mas eu demorei demais, e outras coisas aconteceram, que merecem ser blogadas. Nada de divertido, muito pelo contrário. Esse post deve ser um dos mais revoltados da minha carreira. Fala sobre a frenética valsa dos desequilíbrios, dos desencontros, dos fracassos. Fala sobre minha noite de hoje.

Eu conheço de cor e salteado o papo de que as quedas trazem lições valiosas, na verdade eu sou um dos pregadores dessa idéia. Mas realmente, existem situações que só trazem lições antigas que já cansamos de aprender, e principalmente, de perceber que nunca passaremos nessa matéria. Por pura incapacidade. Vamos a elas:

Lição 1: Família Sabe Como Enlouquecer Você

É sério. Existem pessoas capazes de permanecerem impassíveis diante dos mais diversos tipos de provocação verbal de qualquer pessoa, mas não dura 5 minutos sem explodir violentamente se a pessoa é parte da família. Eu sou um cara desses. Não consigo, simplesmente não dá. Eu ouvi a mesma ladainha por vários anos da minha vida - todos, para ser exato - e ela saturou. Saturou além do limite. Não adianta vir com 'deixe estar', com 'você está certo, mas eles não vêem'... esse papo não alivia. Quando começa a babaquice, eu saio do sério. Sem atenuante conhecido. E eu fora do sério sou uma pessoa muito pouco tratável. O que nos leva a...

Lição 2: Nada Pior Para Seu Estado De Nervos Do Que Alguém Esfregando A Verdade Na Sua Cara

Olha, eu não endosso meu comportamento 100% do tempo. Em situações de estresse, eu realmente fico babaca. Agora, sinceramente? Só tem uma coisa a ser feita nessa hora, e é ME DEIXAR QUIETO. Várias vezes eu simplesmente resolvo me afastar das pessoas, num ato constantemente confundido com birra ou orgulho. Mas não é. É simplesmente porque eu me tornei uma companhia desagradável por N minutos, e até lá não vou interagir com ninguém porque não será produtivo. Mas nessas horas, o que as pessoas fazem é escolher um de dois cursos de ação terrivelmente ruins: ou ficar insistindo para que eu interaja e diga "o que aconteceu", ou ficar falando para mim que meu comportamento é isso e aquilo! Ainda pior, quando eu paro de dar atenção para evitar uma briga, a pessoa se vira para outra e fala de mim na minha frente!! Aí me desculpe, vai pra PQP! Minha tentativa de evitar interação vai pro espaço na hora, e é bem aí que eu ataco, agrido, magôo, faço de tudo. De tudo mesmo. Acho que nessa vida já me disseram que eu tenho todas as qualidades negativas que uma pessoa pode adquirir. Me faz pensar se eu sou o demônio na terra, pq se não for, ele tem inveja de mim, ah tem. Meu currículo de adjetivos é impressionante. Só não sei como eu me aguentei até hoje - e até digo que gosto de mim. Será que eu sou o único capaz de me aguentar 24h por dia? De qualquer forma, quando a bomba estoura, geralmente é o fim prematuro do dia. O que me leva à....

Lição 3: Eu ODEIO Imprevistos

Ok, ninguém gosta. Nada mais chato do que ver planos dando errado. Mas eu simplesmente ABOMINO isso. Abomino a ponto de direcionar toda a minha vida no sentido de NÃO passar por isso. É uma sensação prolongada, intensa, um processo demorado até a última fibra do meu ser parar de gritar, socar as coisas e chorar convulsivamente porque algo deu errado, até a idéia de que "isso não aconteceu, na verdade ainda está tudo para acontecer como antes" vá embora da minha cabeça definitivamente. Não sei dizer por que é assim, mas sei dizer que é. E não há nada para se fazer. Hoje em dia eu até controlo mais o choro e a violência, mas a vontade está sempre lá. E é um esforço hercúleo para controlar. Porque toda hora volta, volta a materialização da coisa que era para acontecer, volta a noção de que a única certeza que eu tenho sobre amanhã de manhã é que NÃO será como eu pensava. E isso me derruba mesmo. É meu calcanhar de aquiles, aquela fraqueza estúpida e inexplicável que todo mundo tem. E sob os efeitos dela, eu não me comporto como o mundo acha que deveria. Só lamento, mas não me comporto.

Essas são 3 coisas que eu já sei há muito, muito tempo. Mas ainda assim, hoje foi tudo jogado em cima de mim de novo, um lembrete desnecessário de coisas que estão 24h por dia na minha mente. E por quê? Analisando friamente, a culpa não foi de ninguém. Todos estavam sendo levados de uma forma ou de outra por emoções, a situação se formou, eu interferi, a bomba estourou no meu colo e no fim das contas ninguém tinha culpa - exceto eu, claro. A culpa foi minha, o erro foi meu, porque para os outros que se deixaram levar pela emoção, pedir desculpas adiantou. Para mim não. O que me leva à última lição manjada da noite:

A realidade é relativa às circunstâncias.



Wind

29.5.02

ALIÁS, o visitante 2000 está chegando!! Quem for o responsável por esse emocionante momento, favor se manifestar :) De repente rola um brinde comemorativo, hehehehehhehehehehe



Wind
Gente, hoje eu viajo para Floripa para o casamento de mamãe, que acontecerá na sexta-feira. Só devo estar de volta na segunda à noite, e embora tenha internet lá em casa, com essa história de preparativos de festa e tudo mais, não sei se vai dar para atualizar o blog. Provavelmente sim, mas just in case, vou deixar avisado que não morri. :) Hoje à noite já chego lá e vou direto pra uma festa, depois casamento, depois outra festa que o Avey e o Zuntu querem me arrastar. Vida dura, ai ai. Só espero lembrar das coisas dessa vez (mesmo porque eu ando com a leve impressão de que as memórias perdidas devem ser as mais interessantes...). E ainda tenho que ensaiar com a Isa o que nós vamos tocar na cerimônia!

Então não se assustem de não me encontrar online, eu vou estar atarefadinho :) Mas prometo que segunda eu volto à programação normal.

Até mais, pípou


Wind

27.5.02

Clássicos da Bebedeira Internacional


Conforme posteriormente revelado para o protagonista


Batidas na porta do quarto. Um rapaz sonolento e descabelado levanta e cambaleia até a porta. Olha pelo olho mágico: do outro lado, um casal acompanha nosso herói, que não parece nada bem. O rapaz abre a porta, e os três entram. O rapaz conversa com o casal, que diz que nosso herói passou da conta na bebida e está completamente fora de órbita. Alheio a tudo isso, nosso herói começa a tirar camada por camada de casaco que lhe vestiram, a camisa, o tênis e o cinto, e atirando tudo pelo chão do quarto.

Súbito, um choque. Nosso herói olha para frente e se lembra que dormirá na parte superior do beliche, o que significa que terá que subir a escadinha. Os outros três presentes ficam em silêncio, observando aquele homem intrépido porém alterado, encarando a escada. Uma tentativa, e a mão passa longe. A segunda esbarra, mas não se fixa. Na terceira vez, sua mão se prende a um degrau. Nesse momento, nosso herói se atira escada acima com uma estranha porém eficiente agilidade. Em poucos minutos, está frente a frente com o colchão.

Sem mais demoras, ele se deita, resoluto. A mulher ainda o cobre maternalmente com a manta, e ele agradece em português impecável, de olhos fechados. É o fim da desventura noturna. Aliviados, os três se despedem, o rapaz se deita novamente e o casal vai indo em direção à porta. E eis que o rapaz pergunta:

- Ele vomitou muito?

Ao que o outro responde:

- Sim, bastante. A última vomitada dele foi lá na Brigadeiro.

E repentinamente, a voz de nosso herói brota do fundo de sua alma, causando espanto a todos. E ele diz:


- Brigadeiro? Eu não comi brigadeiro!


Há um longo silêncio. O casal se vira sem dizer mais nada, apaga a luz do quarto e sai fechando a porta atrás de si, mergulhando o quarto na escuridão. E ainda se ouve, baixinho:

- ...não comi brigadeiro! comi?


Pano rápido.



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