13.8.02

Er... GERALMENTE, eu não posto minhas poesias aqui. Mas a inspiração veio de surpresa e eu preciso colocá-la em algum lugar pra pegar em casa depois. E já que tem o blog, por que não dividí-la com o mundo, né? Enfim.


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Sem Título


Às vezes te amo tanto que queria rasgar o coração e debruçar-me sobre o papel, na esperança de que o sangue que escorresse formasse as palavras mais intensas para descrever.
Às vezes te odeio tanto que desejo dilacerar o papel, a pena, as paredes, na esperança de exprimir com precisão minha revolta.
Às vezes te admiro tanto que por horas observo o céu, esperando que as estrelas tomem forma de versos, com força suficiente para te contar o quanto.
Às vezes te quero tanto, que preciso te sorver como um viciado na fissura, para que dentro do meu peito, encontre as paredes forradas de verbetes esclarecedores de meu desejo.
Às vezes te desprezo tanto, que desejo que todas as palavras já escritas sejam brancas, para ecoar pra ti o silêncio da minha alma.
Às vezes sorrio, Às vezes choro. Às vezes me dói, outras me alivia. E jamais saberás o quanto, jamais haverão palavras ou sons ou olhares capazes de fazer jús.
Mas eis que te encontro outra vez, e tudo se embaralha, eternamente perdida minha certeza.



Wind

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