30.8.03

A Bunker não é mais a mesma. A Bunker agora é apinhada de playboys e psicopatys. A Bunker, depois da reforma, não tem mais as plataformas que eu dançava em cima... quer dizer, ainda tem, mas colocaram uns postes no meio, o que arruína toda a mobilidade ali em cima. A Bunker agora tem menos sofás, e um piso de mosaico simplesmente horroroso pra se dançar. A Bunker está apinhada de imbecis sem-noção que ficam zanzando atrás de mulher e esbarrando em quem está dançando, coisa mais irritante.

Mas a Bunker é a Bunker. Por mais defeitos que se possa apontar - e são inúmeros - ela ainda é o único lugar no Rio de Janeiro, e até onde eu tenho conhecimento, no Brasil, que certas coisas tocam. Ainda é a única boite onde eu me sinto tão em casa - eu ESTOU em casa - que estou simplesmente cagando para o mundo ao meu redor, danço o quanto eu quiser dançar, me empolgo o quanto quiser empolgar, durmo se eu quiser dormir, e sem absolutamente nenhum constrangimento. E a Bunker ainda tem seu valor educativo, pois várias músicas e bandas que hoje eu adoro eu descobri foi lá...

E hoje, se não fosse a Bunker, eu ainda não teria descoberto que o Muse tá com uma música nova, MARAVILHOSAAAAAAAAAAAAAAAA, nem que ela se chamava Hysteria, muito menos já a teria baixado e estaria ouvindo-a no repeat....

Não tem jeito. A Bunker é e sempre será a Bunker. No dia que ela fechar, eu fico órfão.




Wind


****UPDATE****

GAH!!!!! Não é uma música nova, é UM CD NOVO!!!!!!! PUTAQUEPARIUXOXOTA!!! Não vou conseguir dormir enquanto não terminar o download do CD! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH!! CD NOVO DO MUSE!!! NÃO ACREDITO!!! Vou me beliscar!! AI!!!!!! Yes!!

27.8.03

Bem, acho que tava demorando demais... aparentemente o BackBlog subiu no telhado. Bem, acho que isso inicia mais um capítulo na história de Wind em Busca do Sistema de Comments Definitivo... Ou Ao Menos Que Não Acabe Em Questão De Meses. É, é um título enorme. Mas fazer o quê, é o que melhor descreve a situação. Saco.



Wind

25.8.03

Tem coisas que a gente só percebe o quanto sentia falta quando faz de novo. Eu não saía pra dançar desde antes do suposto fechamento definitivo da Bunker, que acabou durando menos de 1 mês. Isso faz tempo pacas. Ontem teve aniversário da Nica (que aliás, quanta falta de cortesia a minha, só hoje passa a figurar os links do meu template. Foi mal, Nica linda, eu posterguei isso por muito mais tempo que deveria :)) lá na Casa da Matriz. Cheguei lá e encontrei uma galerinha conhecida, bati algum papo, mas logo bateu aquela vontade irresistível de escapar pra pista. E não deu outra: pulei a noite toda... que coisa boa!! E olha que o repertório da Casa da Matriz nem é 100% compatível comigo. Mas percebi que isso faz muita falta, me acabar numa pista... a partir de agora vou voltar a dedicar as sextas-feiras a isso. É muito bom!

Só tem um probleminha bááásico na Casa da Matriz. A pista já é um ovo, é difícil reservar um cantinho pra vc pular propriamente, e quando vc consegue espaço, SEMPRE chega a porra dum playboy babaca, com cervejinha na mão, e estaciona no meio da pista, ficando absolutamente parado, sem nem mesmo balançar de leve no ritmo da música, olhando pra todas as mulheres da pista, por minutos a fio. E, é claro, ficando no meio do caminho de quem dança. Pior que uma pilastra, porque a pilastra dá pra incorporar na dança, socar, dar ombrada, apoiar os pés. Vai fazer isso com o playboy pra ver como a noite não acaba na hora... tsc. Mas ah, que vontade que dá!

* * *

Fazem alguns dias que não me sai da cabeça Love of my Life, do Queen. Já tirei a música no piano, no violão, baixei todas as versões existentes em mp3, e não passa. Durante a semana, tava a mesma coisa com o Noturno Op. 27 #2 de Chopin... meu cérebro está se grudando às músicas e não larga o osso de jeito nenhum. Será que é efeito colateral do remédio? Ou da paixão? Ai, ai....

Saudades dela.




Wind

23.8.03

Por que chora tanto, pequenino? Tão miudinho, e já faz tanto auê... mas saiste do ventre ainda agora, nem sabe o que é guerra, nem fome, nem morte... nem nunca sofreu desilusão de amor, nem aperto financeiro... então por que tanto choro? Nunca sentiste abandono ou miséria, nunca sofresses nenhum acidente, nem corte nem roxo, não sabe o que é saudade, tristeza e vazio... Mal chegaste no mundo, e têm tantos te olhando, de faces molhadas, sorrisos abertos... és tão recente e, ainda, já tão indispensável. Cercado de gente, cercado de amor... Não sei por que choras, nem posso perguntar. Não acho que saibas também. Se prestasse atenção, aqui do outro lado do vidro, verias motivo de sobra pra rir. Somos todos seus fãs, pequenino. Está nos nossos olhos. No nosso coração.

Bem vindo, Diego. Bem vindo à vida real. É um calvário infinito, mas é infinitamente maravilhosa. Quando o choque passar, quando o choro secar, abra os olhos. Há muito pra ver. Há muito a fazer, a sentir, a viver. Há muito chão pela frente pra você conquistar.

E se precisar de algo, é só gritar.



Wind


22.8.03

Amanhã é o grande dia!! :) O Diego vai conhecer o mundo. Emocionante :)

Claro que eu vou estar lá evitando que o Fabiano tenha uma síncope nervosa :D E para ajudar a "aparar o bebê" como diz a mãe da Robbie... hehehehehe

Se eu estou ansioso, imagina eles!



Wind

18.8.03

Pessoas!!

Com vocês, meu novo blog! :)



Wind
porra, passei dos 6000 visitantes e nem notei! :/
É um momento delicado, esse. A hora em que o avião deixa a segurança total e absoluta do chão e ganha altitude. Até este momento, se eu quisesse pular fora, era fácil. Era um pulinho, ou nem isso, só descer os degraus de volta. Mas quando o trem de pouso desencosta do chão, é inevitável olhar pela janelinha e pensar que agora não tem mais volta. Que ou se chega até o fim do vôo, ou se cai lá de cima para um final espetacular muitos metros abaixo. Um pensamento assustador, ainda mais levando em conta que o destino e a duração do vôo são incertos.

E quantas vezes, quando esse mesmo avião deu pane, eu não olhei para fora com lágrimas nos olhos e desejei muito ainda estar no chão, para poder saltar fora com um pulinho. Mas não. Se a aeronave estola, pifa, entra em parafuso, é ou cair ou cair. E a certeza da dor do impacto é ainda maior do que a certeza da queda. E sempre haverá aquela semi-risada irônica ao pensar que, quando vc estava no chão, o avião podia até explodir em pedaços que você não ia se machucar. Que você, por livre e espontânea vontade, condicionou seu bem estar ao funcionamento daquele gigante metálico sobre o qual você não tem controle algum. Apenas segue as regras internacionais de segurança e torce pro comandante não ser um troncho.

É difícil botar um sobrevivente de acidente aéreo de volta num avião, e se estou alçando vôo outra vez, é porque a companhia fez um ótimo trabalho em me convencer que dessa vez é seguro mesmo.

Mas, olhando para fora da janelinha, vejo o chão cada vez mais longe. E me dá um friozinho na barriga.



Wind

17.8.03

Libido: é o instinto natural reprodutório, uma força natural que mexe com os motores mais básicos do ser, que o impulsiona a espalhar seu código genético e gerar prole. Como o ato sexual é imbuído de prazer físico, vários animais, não apenas o homem, também se engajam no ato sexual mesmo quando não há possibilidade real de fecundação (i.e. relações fora de período fértil, relações homossexuais, qualquer estímulo sexual que não por vias reprodutivas, etc)

Amor: uma reação química em cadeia, gerada por uma imensa variedade de fatores, capaz de provocar mudanças de humor, de consciência, e alterar as funções corporais. Em geral, como a maioria das alterações químicas significativas, é inebriante e prazeiroso. Suas incontáveis nuances jamais deixaram de ser exploradas por aqueles que estudam as sensações, e sua combinação com outras emoções e sentimentos pode resultar em uma variedade virtualmente infinita de comportamento.

Por uma dessas inexplicáveis maravilhas da natureza, a Libido e o Amor, muito embora sejam coisas absolutamente diferentes, nas formas de vida mais evoluídas podem se tangenciar e se mesclar, potencializando-se um ao outro, elevando a percepção de prazer e preenchimento dos envolvidos.

Entra em cena a psiquê humana. Exemplar único na natureza, com um potencial vastamente maior do que mesmo os mais inteligentes dos animais, e dotada de recursos de persistência, como a memória detalhada, o registro histórico e o sub-utilizado recurso do inconsciente coletivo, em algum momento da evolução humana, perpetuou uma falha: fez da exceção a regra, e registrou Libido e Amor como duas forças interdependentes. Uma falha de sistema, que alterou o bom funcionamento das engrenagens sociais entre os seres humanos, piorada através dos séculos por fatores sociológicos.

Hoje em dia, uma pessoa que tenha visão o suficiente para discernir os dois, é tratada como excêntrica, e é persona non grata em qualquer relação baseada em Libido ou Amor. E mesmo essas pessoas que percebem a diferença estão subconscientemente condicionadas ao erro, o que faz com que elas aceitem a separação de idéias no campo abstrato, e até mesmo no campo concreto referente a si mesmo (já que as próprias sensações geralmetne confirmam a verdade), mas tenham extrema dificuldade em aceitar essa mesma separação aplicada a uma pessoa por quem se nutra sentimentos.

Mas enfim, o post era só para dizer: Não é hipocrisia achar que sexo e amor não andam juntos e ainda assim ter ciúmes do(a) parceiro(a) quando este faz menção de separar os conceitos. Também não é natural nem correto, mas é um erro que foi cometido há muito tempo atrás em algum ponto muito distante da corrida evolucionária, e definitivamente, não é culpa de ninguém que respire e ande sobre a Terra nos dias de hoje.

Mas achar o culpado é fácil. A parte difícil, que é corrigir o erro e separar as coisas corretamente, o que acabaria com 90% dos conflitos emocionais entre seres humanos, essa nem eu nem meus filhos, netos ou bisnetos, vamos estar aqui para ver... infelizmente.



Wind

16.8.03

Mais um dia, mais pontas soltas emendadas, mais fantasmas do passado exorcizados. A faxina sistemática na minha vida parece estar chegando ao fim. Agora são poucas as toxinas a serem eliminadas das veias, e o que antes seria um processo doloroso e difícil agora vem naturalmente. Já não tenho mais tanto medo de fechar as portas que abro, mesmo quando elas definitivamente não dão onde eu queria chegar. Não preciso mais colecionar todas as bengalas que acho no chão só para me apoiar, pois cada vez mais eu tenho certeza que estou caminhando sozinho e bem. E o mais engraçado é que algumas pessoas jamais saberão dessa mudança. Eram alheias a minha situação anterior e continuarão alheias, eu que as mudei dentro de mim, mas indubitavelmente para melhor.

A tatuagem mais difícil de remover, resquício dos meus tempos de iconoclastia, é a irresistivel atração por um tipo de situação que a longo prazo me corrói. Esse, o último dos fantasmas, a grande assombração, está me esperando atrás das portas duplas (elas sempre são duplas!) da fase, mas eu já posso derrotá-lo. E cada vitória, pública ou particular, foi um degrau na escada que me tirou do porão sujo. E um olhar que mesmo sem querer, mesmo sem jamais desconfiar, cruzou o meu vindo lá de fora e me fisgou. Algo tão diferente, tão longe do que eu tantas vezes pintei nas paredes do meu sonho, mas que eu estou disposto a aceitar como suficiente para a minha felicidade.

Tudo o que eu peço dessa quimera é que ela seja bela, eterna e perfeita. Não é pedir demais.

Fazia tempo, hein, leitores? :)

Foi dada a largada para os "não entendi picas" nos comments!!



Wind

15.8.03

Empossado. Finalmente. Más notícias são que eu trabalho na sala do chefe a menos de 1m dele. Boas notícias são que o chefe é muito gente-boa e aparentemente vai ser divertidíssimo trabalhar lá dentro. Vou montar um blog contando minhas aventuras e desventuras no prédio embrulhado (quem já viu o prédio do TRT sabe do que tô falando).

Ah, e acho que é oficial... estou apaixonado. Parece que faz tanto tempo desde a última vez que eu esqueci tudo. Mas enfim, acho que o grande lance de se estar apaixonado é não saber o que fazer mesmo :P Pra onde olhar, o que falar, ficar parecendo um debiloide não importa o que se diga... ai ai, mas sabe do que mais? É bom :).

Cya ppl.



Wind

14.8.03

Vejam como somos um país desenvolvido: tivemos o nosso apagão 4 anos antes dos EUA e do Canadá :DD Brasil-il-il!!!


Wind

13.8.03

Caraca, eu me lembro de uma época em que eu olhava minha mãe sempre cheia de coisas pra fazer no dia e pensava "pô, se juntasse tudo o que eu tenho pra fazer na semana não precisaria de tanta correria...". Nossa, bons eram os tempos. Desde que cheguei no Rio, não parei de quicar pra lá e pra cá um segundo! E amanhã tem mais, eu devia estar dormindo, mas requisitaram a hotline de auxílio em informática nos 45 minutos iniciais do meu sono, em que eu não POSSO ser acordado ou não consigo mais pregar o olho por pelo menos 3 horas...

Desde minha chegada aqui no Domingo, eu já sofri tentativa de assalto por parte do taxista, descobri que a convocação tava no chão da minha casa há 5 dias e dizia pra eu comparecer em 48 horas, tirei foto, autentiquei documento, fui no TRT duas vezes (uma não tava funcionando), preenchi duzentas folhas de papel, fiz um teste psicotécnico de 182 questões, conversei com meus futuros chefes, paguei contas atrasadas, fui na Psiquiatra, consertei minha bicicleta e visitei a Robbie que tá a poucos dias de ter o baby. E amanhã tenho que fazer um raio-x, um exame de sangue, e uma entrevista com a psicóloga do tribunal, e ainda ver se consigo entregar todos os resultados até quinta de manhã para finalmente tomar posse na sexta. Arre!

E no meio de tudo isso ainda tive que arrumar tempo para lutar contra o vírus da moda, o MSBLAST, que obviamente atacou meu computador. Típico.

Mas acho que é só essa semana, depois que eu começar a trabalhar lá no TRT prevejo um looongo marasmo, mesmo pq o meu chefe hoje não soube dizer nem o que eu ia fazer lá dentro, disse que "dependia de onde eu ia cair". Pô, se ele é quem decide onde eu vou cair, como é que ele não sabe?! :P Mas que seja, contanto que eu esteja recebendo, por mim tá ótimo :D

A coisa mais chata de voltar, fora a óbvia falta que algumas pessoas me fazem, é encontrar minha casa toda bagunçada... a obra na rua tá pior que nunca, e tem uma crosta de fuligem em quase tudo aqui dentro. Estou sem o menor ânimo pra arrumar nada. Espero que passe logo.

Bem, povo, é isso. So much for the weekly report. Vejo vcs outro dia. (Já repararam como meu blog tá ficando cada vez mais "relato do meu dia"?! Eew)



Wind