27.3.02

Hoje foi um dia estranho.


Teoricamente era pra ter sido uma edição comemorativa da vez que eu fui à Monchique com a Liesl e com a Nat, o dia em que conheci ambas. Acabamos indo eu, Liesl, o John e a nanni_, a Nat furou pq tava esperando o veterinário que ia cuidar do gato. Foi um almoço legal, mas eu fiquei pensando sobre a outra vez. Menos de dois anos atrás, eu era bem diferente. Acho que os três éramos, a Li nem sonhava que ia se envolver com o John ainda, a Nat morava com a avó, e eu com a galera da R2. Não sei, mas me parece agora que éramos bem mais adolescentes naquela época. Foi engraçado ver a Li com o marido, a Nat dando o cano pra cuidar dos filhos (ok, são gatos, mas pela empolgação dela com a idéia de gravidez, acho que serão os únicos), eu com barba na cara e um monte de trabalho pra fazer. Foi me dando aquela sensação que te dá quando você termina de ler um livro, ou quando acorda de algum sonho intenso e aventuresco... aquela mistura de vazio com nostalgia, que faz a gente parecer meio distante o dia inteiro.


Ou será que não foi por isso? Não sei... acho que essa sensação já está se manifestando há algum tempo. E ainda não analisei a fundo porque tenho medo. É, acho que é isso. Estou com medo de descobrir o porquê. Mesmo pq eu acho que já sei o que é... mas seria muito idiota. Por que caralhos eu sentiria saudades de algo que sempre me deixa tão desesperado, algo tão doloroso e que atrapalha tanto? Não quero sentir falta disso na minha vida, estou muito feliz por finalmente ter me livrado. Ia ser o fim da picada ficar sentindo falta agora.


De qualquer maneira, ao menos os stresses do fim-de-semana passaram... o tempo amacia as coisas, e tanto o comportamento esquisito alheio diminuiu quanto diminuiu a parte de mim que se importa. Ao final, tudo como dantes na Marquês de Abrantes. Exceto pela minha presença, da qual privarei vocês até segunda que vem. Estou indo viajar e vou passar a semana santa comendo chocolate na casa de mamãe. Às vezes faz bem. Às vezes faz muito bem.


Eu sou só uma criança crescida.



Wind

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