Ok, vamos brincar de "Jogo do 1 erro". Diga aonde está o erro nessa sequência lógica:


1. Início de Fevereiro de 2002, Cidadão A. recebe a seguinte informação de Cidadão B.: "Preciso de alguém para trabalhar no Méier". A., precisando da oportunidade, entra em contato com B. e conversa, sendo notificado que provavelmente a vaga seria sua.

2. Dois dias depois, Cidadão C., chefe de B. e agora chefe de A., entra em contato para acertar as condições de trabalho (a saber, o trabalho consistir em aprender e implementar linguagens online, trabalhando em casa no primeiro mês devido à falta de máquinas e de local de trabalho até o fim da obra no local definitivo, no Méier). C., então, encaminha a informação da nova contratação para Cidadão D., das Finanças. D. liga para A. e combina o valor salarial e outros pormenores burocráticos. Essa ligação termina com a frase "benvindo ao nosso time, esperamos fazer um bom trabalho".

3. A., nosso herói, passa o mês de Fevereiro, então, estudando as linguagens online para implementá-las assim que tivesse a chance, ou seja, o acesso às máquinas que futuramente estariam instaladas no local definitivo de trabalho.

4. Dia 09 de Março de 2002, à noite, durante um encontro informal, B. pergunta a A. se este "já recebeu". A. responde não ter conhecimento de um salário referente ao mês de Fevereiro. B. recomenda a A. que este entre em contato com C., o chefe, coisa que A. faz no dia seguinte. C. lhe diz que "existe sim um salário referente a Fevereiro, e amanhã mesmo estarei entrando em contato com a pessoa responsável pela folha de pagamento para resolver isso para você.". A. passa então a assumir que, em algum momento entre aquele dia e o final do mês, haveria uma entrada de dinheiro.

5. Passam-se alguns dias, A. liga novamente para C., o chefe, perguntando da situação. C. diz que já falou com E., a responsável pela folha de pagamento, e que A. deveria entrar em contato com ela. A., o incansável A., contacta E. no dia combinado, e durante a conversa, descobre que E. ainda não sabia de sua existência dentro da empresa. A. trata então de se apresentar, e fica combinado com E. que ele deverá receber muito em breve.

6. Dia 18 de Março de 2002, A. estando de passagem por seu futuro local de trabalho por motivo de uma reunião, pergunta a E. sobre o andamento da liberação de seu pagamento. E. pega as informaçõe de número de conta, nome e CPF com A. e diz que o pagamento foi liberado e que até o dia seguinte, no mesmo dia se possível, estaria depositado. A. fica feliz em saber que o dinheiro entrará, pois está com contas atrasadas e etc.

7. Durante toda a semana, A. checa sua conta corrente a espera de um deposito que não acontece. A. tenta várias vezes entrar em contato com E., sem sucesso. Sexta-feira, finalmente ele entra em contato, e recebe a seguinte informação de E.:
"O dinheiro só foi liberado ontem, depois de uma reunião, porque sinceramente ninguém estava sabendo da sua existência e ninguém viu você trabalhar aqui (a saber, aqui = local de trabalho onde as obras ainda não terminaram e não há computadores, a previsão de disponibilidade sendo para segunda que vem), e o pessoal Das Finanças queria saber quem era o tal de A. antes de liberar a grana (releia item nº 2), e não foi depositado ainda nem será depositado hoje, segunda-feira na melhor das possibilidades."

E assim, A. fica zerado de dinheiro, num fim-de-semana em que será padrinho de casamento e precisa entre outras coisas comparecer a festas em restaurantes e alugar um terno.


Olha, isso me rendeu muitas horas de meditação zen, entoando o Mantra dos Empregados Exemplares, pra não mandar um Manu-Cuh-Me-Han gigantesco pra merda toda. Mas é bom, pq a gente mede nossa boa vontade como empregado na boa vontade do empregador...


Taqueuspa!



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