2.1.03

Ok, ok. Primeiro post do ano. Antes de mais nada, feliz 2003 para todos, meio atrasado mas ainda em tempo (ainda falta 99,438202247191011235955056179776% de ano pro próximo reveillon, então dá na mesma)

Segundo: esse mês que passou eu fiquei surpreso em descobrir que muito mais gente do que eu imagino lê meu blog. Minha tia Klau e até meu pai já passaram por aqui (e obviamente deixaram comentários quilométricos, o do meu pai inclusive veio pelo correio, manuscrito em 9 páginas. Sou chique ou não sou??). E a maioria das pessoas demonstrou preocupação, em grande parte por causa de um post recente em que eu desabafei sobre a minha falta de rumo à beira dos 22 anos de idade.

Eu queria agradecer por todos os comentários, desde os de uma linha, do tipo "a vida vai melhorar!" até os quilométricos. Eu sou uma pessoa muito difícil de se dar conselhos. É muito difícil me apresentar pontos de vista que eu já não tenha levado em conta. Nada me irrita mais do que uma frase feita. Mas ainda assim, eu reconheço que todas as tentativas são sinceras. E também tem aquelas raras vezes que alguém consegue me fazer ver algo que eu não tinha visto. E mais surpreendente ainda é quando conseguem me dizer algo que não é o que eu queria ouvir, mas que ainda assim me alivia. E eu ouvi várias coisas desse tipo. Principalmente do meu pai. O que só faz com que eu fique cada vez mais fã dele. E fez também eu tomar uma decisão muito importante:

Não vou medir mais minha vida pela vida dos outros. Os outros sabem o que é bom para eles, mas o que é bom para mim, sei eu. E se não sei, tomarei o tempo que for necessário para descobrir, sem nunca parar de tentar, mas sem me estressar nessa de perder tempo. Eu não perdi um mísero segundo de vida desde que nasci, há quase 22 anos atrás. Eu sempre estive vivo, ativo, procurando coisa. Mesmo quando todo mundo achava que eu perdia os dias enfurnado em casa vendo TV, morgando no computador ou jogando videogame, eu estava sempre atento a tudo, analisando, pensando, descobrindo o funcionamento do mundo e das coisas. Todas as minhas empreitadas fracassadas foram repletas de coisas novas e de crescimento. E cada vez que eu nado da canoa furada até a praia novamente, eu chego sabendo nadar melhor e planejando construir uma canoa ainda mais segura. E quando ela passar pelos corais e pelo mar revolto intacta, eu tenho certeza que o que haverá do outro lado é muito mais interessante e muito mais bonito do que esses lugares-comuns para onde a maioria das pessoas dirige suas jangadas.

Nenhum tempo é perdido quando se vive de verdade. E eu vivo de verdade. Logo, não encham o saco :)

Um 2003 tão bom a vocês quanto o meu será.


Wind

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