25.9.12

The 2nd Law - Review


E eis que, finalmente, o tão aguardado novo álbum do Muse, The 2nd Law, ganhou o mundo. Apesar de ainda não ter sido oficialmente lançado, a banda o disponibilizou para reprodução online em diversos serviços de streaming gratuitos ao redor do mundo. Ele pode ser ouvido em alta qualidade aqui ou aqui. Vão lá, eu espero.

Ok. Então que, depois do texto que eu escrevi aqui outro dia sobre o single Madness, pelo menos alguém deve ter ficado curioso para saber o que eu achei do disco completo. Tá, provavelmente ninguém, mas eu vou escrever assim mesmo, no mínimo pra tentar tirar do meu sistema e conseguir falar de QUALQUER outro assunto nas redes sociais. Vamos lá.

Antes de mais nada, meu texto anterior era cheio de previsões e palpites (i.e. chutes presunçosos), então nada mais natural do que iniciar esse review analisando se minhas previsões estavam certas ou erradas. A resposta é clara como a neve: sim e não.

"Epa, como assim?" pergunta o leitor hipotético, "Ou o álbum seguiu o caminho que você previu, ou não seguiu, certo?" Mais ou menos. Acontece que, contrariando todas as expectativas, The 2nd Law é basicamente um álbum duplo contido num único disco. Até certo ponto, é um tipo de álbum, que confirma brilhantemente minhas expectativas. Aí rola uma parada (mais sobre isso a seguir), e ele vira outro álbum, totalmente diferente, totalmente na contramão do que meu texto dizia. Porque esse é o Muse, vc acha que tá jogando par ou ímpar e eles mandam um número irracional pra te descadeirar de vez.

Comecemos então a análise pela primeira parte de T2L, a parte "hit parade" do disco. As cinco primeiras faixas do álbum: Supremacy, Madness, Panic Station, Prelude e Survival (as duas últimas são na verdade uma música só), são exatamente aquilo tudo que minha análise de Madness esperava que o disco fosse. São músicas comerciais, super produzidas, formatadas direitinho para seus respectivos objetivos: Prelude/Survival para ser a música tema dos jogos olímpicos, Madness para ser o single quebra-gelo, Panic Station para ser o segundo single (já confirmado) e milimetricamente calculada para explodir nas pistas de dança norte-americanas, e Supremacy - e não tem nada de oficial no que eu vou dizer agora além da obviedade blatante da sonoridade da faixa o gato saiu do saco, vide adiante - para ser o tema do próximo filme do 007, Skyfall, que infelizmente acabou ficando com a Adele. Cada uma dessas músicas é o perfeito exemplo de tudo que eu venho falando sobre o Muse desde o meu review de The Resistance, sobre eles terem dominado o processo criativo e agora conseguirem fazer qualquer tipo de música muito bem.

Eu sei que tem muita gente que me viu colocar Supremacy ali no meio das músicas comerciais e já quer minha cabeça. É fato que Supremacy é uma obra prima, uma faixa monstruosa, emocional, explosiva, e a melhor faixa de abertura de CD da história do Muse (não dizendo que ela seja melhor que New Born ou Sunburn, apenas que, como faixa de abertura, é mais apropriada). Não há como negar. Mas também não há como negar que ela foi feita tão sob "encomenda" quanto Survival. Eu não fui nem de longe o único a gritar "eita, James Bond!" quando escutou Supremacy pela primeira vez, e depois de ouvir a versão de estúdio, que tem um acorde em guitarra havaiana no final (que ficou de fora da versão ao vivo), eu tive certeza. O Matt já tinha dito publicamente que queria fazer a música do próximo filme do agente secreto, e agora que a música ficou pública, parece que o próprio Dominic Howard já nem faz questão de esconder as pretensões da faixa. Essa música é claramente o motivo principal do Muse ter escolhido trabalhar com o David Campbell como arranjador do disco novo, e valeu cada centavo com certeza. Além disso, Supremacy traz de volta um elemento fundamental da sonoridade do Muse nos primeiros discos, que eles ainda não tinham utilizado a contento nessa nova era de composições calculadas: a explosão. Unnatural Selection, uma das minhas favoritas do Resistance e a mais pesada do CD, era um desfile de texturas de rock n' roll que o Muse nunca tinha usado antes, uma forma deles dizerem "ei, a gente consegue fazer som porrada de qualquer tipo, escolha o seu," mas justamente por ser uma paleta aberta, eles omitiram as cores "padrão" da banda. Aliás, isso pode ser dito de todo o Resistance e, em boa parte, do BH&R também - a banda estava focada em ampliar seu portifólio musical, o que gerou muita coisa boa e interessante, mas naturalmente distante do que eles já sabiam fazer com maestria. The 2nd Law encerra esse ciclo, e tanto Supremacy quanto a controversa Survival são, em seu cerne, o Muse explosivo "das antigas" coberto de caramelo e confeitos e chantilly e polido e platinado e mais quantos acabamentos se imaginar, texturizados para soar exatamente como o projeto pedia.

Se ainda tem alguém querendo me degolar por ter dito que Supremacy foi construída ao invés de esculpida (ou, pior, que ela e Survival são músicas gêmeas), talvez seja hora de rever seus conceitos e aceitar que o Muse consegue fazer canções épicas, arrebatadoras e tão monstruosas quanto as clássicas sem precisar vomitar emoções num papel. E funcionam tão bem quanto. Claro, o zigoto que gerou Supremacy é, antes de tudo, um riff que eles usavam durante Citizen Erased nas apresentações ao vivo, então talvez seja uma questão genética, mas eu prefiro acreditar que eles são bons músicos que sabem o que estão fazendo, ao contrário de gente que acha que o Muse só foi bom naquela época.

Sobre Madness, já falei bastante e mantenho minha opinião.

Panic Station, por outro lado, é uma delícia. Nunca houve qualquer dúvida que ela seria o segundo single, é tudo parte do plano. Madness é a amaciada no bife, uma música simples e de fácil digestão feita pra chamar a atenção de quem não estava olhando (e conseguiu), e Panic Station é um  Whooper triplo com bacon extra e queijo e picles e cebola caramelada em forma de música, que é pra viciar o consumidor. Musicalmente, ela não tem nada a ver com nada que o Muse já fez. A base dela é o funk americano (mais uma vez, qual será o mercado que eles estão mirando? mistérios...) mas a mixagem, a produção, são irresistivelmente deliciosos. Quem não dança com Panic Station, bom sujeito não é. Perto dela, as outras faixas dançantes do Muse parecem brincadeira de primário. Se o topo das paradas norte-americanas não vierem dessa vez, olha, é muito estigma e má-vontade, porque PS é muito próximo do single pop perfeito.

E aí vem Survival, que, todos estão carecas de saber, foi o tema das Olimpíadas de Londres. Muita gente, para minha estranheza, despreza Survival. Já a li ser chamada desde "piada" até "corporate bullshit." O mais estranho é que, como já falei, ela e Supremacy são faixas irmãs. Ambas feitas com um propósito, buscando uma sonoridade e um clima específico. Ambas com letras bem vazias (aliás, salvo uma única exceção, as letras de The 2nd Law são todas bem descartáveis). Ambas são corporativistas. Nenhuma das duas é uma piada (a única música de piada do Muse até hoje permanece sendo United States of Eurasia, e foi uma piada que perdeu a graça bem rápido). Se a letra não faz nada pela música além de reforçar o que a melodia deveria te fazer sentir, como aquele nosso amigo lerdo que fica falando em voz alta tudo que está subentendido, é porque um tema olímpico realmente não tem lá grandes motivos pra ter letra. Mas ignorando essa parte, Survival é perfeita para o que se propõe, e é explosiva e emocionante como nada do Muse tinha sido desde Knights of Cydonia. Enfim, eu gosto e ouço sempre.

E até esse momento, The 2nd Law está super encaminhado para ser um cartão de visitas da banda, só faltando o telefone de contato e o "fazemos orçamento sem compromisso" impresso na capinha, e está tudo prontinho para que eles desembarquem em Hollywood como a Next Big Thing e tal, e eis que, assim que rolam os surdos do final de Survival, algo acontece e muda tudo.

Soam as batidas do coração de uma criança pelos alto-falantes da sala de ultrassom.

E The 2nd Law vira outro álbum. Um álbum tão cheio de emoções, conflitos, e - ironicamente - um álbum com um conceito muito bem definido. Um álbum que reflete o coração conflituoso do Bellamy como Showbiz e Origin of Symmetry refletiam. Um álbum sobre paternidade, sobre família. Um álbum que pega tudo que eu achei que sabia sobre a banda, amassa e joga no incinerador. Para nossa alegria.

Follow Me, a música que abre esse segundo e não-relacionado disco também entitulado The 2nd Law , é uma música que eu até agora, várias reproduções depois, ainda não consegui ouvir até o final sem ficar com um nó na garganta e os olhos marejados. Talvez porque eu também tenha virado pai nesses últimos 3 anos, também tenha escutado o coração do meu filho pelos alto-falantes e sentido o peso do mundo se retorcer em cima dos meus ombros em uma fração de segundo que muda tudo (e voltamos a essa simetria bizarra que me faz me refletir no Matt desde 2001, sempre em fases de vida parecidas a cada novo disco). Ela começa com o coração do neném, e logo entra a voz do pai. Arrastada. Derrapando. Escolhendo as palavras. E as palavras que ele escolhe são as mais simples e óbvias do mundo. E é o poema de amor mais bonito que ele já escreveu.

A música inteira é como a recuperação de um choque de realidade, da realização repentina que aquele pequeno coração batendo no sistema de áudio vai enfrentar tudo o que o nosso próprio coração já enfrentou, todas as dores, todos os sustos, os apertos, e a necessidade de dizer para aquela criança que nós estamos ali. Não temos a resposta para tudo, mas estamos ali. Na dúvida, nos siga, que a gente dá um jeito. É a síntese absoluta da sensação da paternidade, é um amor todo doido, todo incondicional que nasce na gente depois de macaco velho, de já nos acharmos experts em amor. Follow Me tem a letra mais simples de todo o disco - mais até que de Survival e de Madness - e no entanto é a mais profunda. Porque todas essas coisas são só o que se consegue dizer diante dessa experiência.

Daí em diante, seguem-se três faixas que mostram que Bellamy está APAVORADO diante da perspectiva de ter botado um filho no mundo. Deve ser difícil mesmo pra um teórico de conspirações assumido (o Chris revelou que ele chegou a estocar comida e se preparar para a chegada dos aliens na época em que compôs Resistance, ou seja, ele vai fundo na parada). Esse trecho é o que faz de The 2nd Law uma obra complexa, que acompanha a aceitação do pequeno Bingham pelo pai.

Animals é minha favorita do disco. Tematicamente, ela fala sobre corporações que se comportam como animais, passando por cima de tudo e de todos para enriquecer e se tornar o topo da cadeia alimentar. Aquele velho bla bla bla. Mas musicalmente, ela é um retorno súbito e inesperado ao Muse da era Absolution, despida de toda a superprodução do resto do álbum, apenas os três tocando seus instrumentos de sempre (guitarra+teclado, bateria e baixo), com muito poucos efeitos. É a música mais melancólica que eles se permitiram fazer em anos, e é aquele sinal que eu estava esperando que, por baixo de toda a produção e toda a megalomania, eles continuam tão bons quanto sempre foram. Junto com Supremacy, Animals traz de volta, em circunstâncias bem diferentes, o segundo elemento que andava falatando nos discos atuais do Muse, aquela já discutida alma. E também é um ato de coragem do Bellamy, que já disse semi-brincando que desistiu das letras pessoais e passou a fazer álbuns-conceito porque se sentia muito exposto. O "segundo" T2L é - musicalmente - quase um raio-x na alma do cara. Uma pena que ele continue se escondendo nas letras. Mas é o que eu sempre digo, paternidade amadurece as pessoas, certeza que ainda veremos muita coisa sincera vinda dele.

Se Animals é a melancolia, Explorers é a aceitação. A dicotomia entre a melodia de canção-de-ninar e a letra que diz que ter nascido foi "um erro aprisionando minha alma" e pedindo que "liberte-me deste mundo" poderia ter deixado a música, que fala sobre a raça humana esgotando os recursos e a beleza naturais do planeta, com um tom sombrio. Mas a sensação que ela passa é justamente a contrária. Quando a letra passa da primeira pessoa do singular para o plural, é como se Bellamy dissesse ao filho "eu entendo, eu também não pedi pra nascer, esse mundo é cheio de merdas, mas nós estamos juntos." e termina com um beijo de boa noite e com uma cumplicidade reconfortante entre pai e filho.

Já em Big Freeze, Matt já parece ansioso pela chegada do neném. A letra pede, genericamente, perdão pelos erros passados, e diz que estamos próximos de um "grande congelamento" mas ainda há chance de consertar as coisas. "Não deixe o sol em seu coração esmaecer," diz a letra. A batida é animada, a harmonia é contagiante, e traz a promessa de redenção e de coisas novas e boas. Exatamente o que um filho traz, um recomeço. Posso estar muito fora de linha aqui, mas nada no mundo vai me convencer que essas quatro músicas - Follow Me, Animals, Explorers e Big Freeze - não são uma pequena jornada pelo coração do Matt desde o momento em que descobriu que seria pai até pegar o filho no colo pela primeira vez. Eu sei que eu mesmo senti todas essas coisas - do medo de não ser um bom pai à emoção de poder criar meus filhos para serem melhores do que eu - e na falta de prova em contrário, é assim que o disco soará para mim eternamente.

Nesse ponto, temos as duas faixas compostas e cantadas pelo Chris, Save Me e Liquid State. As músicas são, primariamente, sobre a recente batalha dele contra o alcoolismo, e como ele quase chegou ao fundo do poço. Mas as músicas não foram escritas para ele, ou para a garrafa. Foram escritas para a família, que ele diz ter sido fundamental no processo de recuperação. E isso fica absolutamente evidente em Save Me, que é uma homenagem e um agradecimento à esposa e aos filhos que tiveram coragem de enfrentar todos os subterfúgios dele e trazê-lo de volta. Liquid State tem um tom mais raivoso, de desgosto com os efeitos da bebida e talvez consigo mesmo, por ter se deixado quase destruir, mas também remete ao socorro que ele precisou para sair do buraco. Duas músicas diferentes mas que se completam, e que contam como um homem foi salvo pelo amor da família. Nada mais natural que elas estivessem no "segundo" álbum.

Sonoramente, é claro que as faixas do Chris são bem diferentes do que se costuma ouvir nas faixas do Muse, mesmo as mais produzidas, mas acho muito exagerado dizer que elas destoam do resto. Panic Station destoa bem mais da curva normal do Muse do que Liquid State. Talvez seja o choque causado pelos vocais do Chris, que são claramente mais graves e arranhados do que a voz soprada e suave do Matt a que estamos acostumados, mas tirando isso, ambas as faixas são musicalmente bem consistentes com a banda na qual o cara toca há quase 20 anos, como não poderia ser diferente.

Arrematando o álbum, temos duas faixas instrumentais, Unsustainable e Isolated System, que, a exemplo da sinfonia Exogenesis, também são uma única obra, homônima do álbum, dividida em duas partes. Consolidando minha teoria dos dois álbuns, cada uma delas serve como um resumo, por assim dizer, das duas partes de The 2nd Law. Unsustainable tem uma grandiosidade calculada, orquestrada, intercalada com trechos eletrônicos inspirados pelo dubstep e com uma narração que alerta para a impossibilidade do modelo econômico atual se sustentar usando a segunda lei da termodinâmica (entropia) como argumento. Unsustainable é uma música com uma missão, e independente do quão bem ela a cumpra, ela reflete a alma da primeira parte do disco, um disco com uma missão - colocar o Muse entre os grandes nomes do rock mundial, vender bilhões, virar o novo U2 (aliás, não por acaso, quase todas as faixas de ambas as partes de T2L soam muito como o U2, um reflexo da enorme influência que a banda sofreu dos irlandeses durante o ano que passaram juntos em turnê).

Isolated System é uma viagem progressiva maravilhosa que se baseia em um riff de piano e uma batida ritmada eletrônica, aonde instrumentos e samples vocais chegam e saem, numa montanha russa emocional que é basicamente o tema da segunda parte de T2L. A mesma aula de física de Unsustainable agora ecoa vagamente ao redor da batida, como se nada mais tivesse tanta importância, nada fosse tão urgente. Vozes de coral, cordas, samples, todos eles passam pela espinha dorsal da música, às vezes, próximos, às vezes longe, mas nunca por muito tempo. Até que, ao final da música, a batida eletrônica lentamente vai se transformando novamente no que ela sempre foi: a mesma batida do coração do pequeno Bingham Bellamy, que lá na metade do disco sequestrou a concentração do pai no meio de seu discurso de vamos-salvar-o-planeta e o jogou nessa realidade maluca que é a paternidade e a formação de uma família. No final das contas, entendemos que Isolated System é, basicamente, a representação de como o bebê, de dentro do sistema isolado do útero materno, percebe seu pai.

O mais curioso é que ambas as partes de The 2nd Law, mesmo consideradas independentemente, soam melhores do que The Resistance. Sem desmerecer o álbum de 2009, a banda evoluiu quase que em todos os aspectos de lá pra cá. As músicas de trabalho do Second Law são melhores que as músicas de trabalho do Resistance. As músicas de coração, por mais que eu goste da faixa-título do anterior, também são melhores. E T2L é pessoal num nível que nem o Resistance, nem o Black Holes & Revelations se permitiram ser, o que faz maravilhas pela profundidade artística da obra.

Espero que daqui pra frente, o Muse deixe pelo menos um pedacinho de seus futuros álbuns reservados para faixas sem tanta maquiagem, nem que seja pra gente renovar o respeito pelos arranha-céus musicais que eles se especializaram em erguer do zero.

4 comentários:

Rodrigo Bertoluci disse...

Excelente análise, parabéns! De muitas maneiras expressa o que eu senti ao ouvir o álbum pela primeira vez, de verdade. Continue assim!

Acid disse...

Interessante que o Muse é muito obcecado por produção em seus discos, e fazem tudo primorosamente, mas quando tocam ao vivo (como no album HAARP) acabam soando melhor.

Nícolas Carvalhedo disse...

Genial cara, ótima análise. Li a sua resenha sobre Madness e estava ancioso pelo do album inteiro.

O Muse é totalmente imprevisto mesmo, mas eu nao sei porque, Madness nao me desce, sendo música de trabalho ou não... parece forçado demais, vendido demais...

Acho que o Muse tem que parar com esse lance de querer mais sucesso, de single... o Radiohead fez um album que até agora eu não consegui entender porra nenhuma, no caso o King of limbs...

O que eu quero dizer, é nada melhor do que viver os 3 tocando seus respectivos instrumentos sem muito blá blá blá..

E tenho dito que esse é um dos melhores cds do Muse, se não o melhor, e bate de frente com Absolution (é foda a comparação com esse album).

Agora nos resta esperar os clipes e os maravilhosos shows do Muse, palco e etc... espero demais um show deles por aqui, por terras tupiniquins...

Unknown disse...

Gostei muito da sua análise. Sua opinião é tão consistente quanto a forma pela qual você a expressa, e seu texto me fez olhar o álbum por um outro ângulo. Porém a minha opinião anterior ainda prevaleceu, e ela diz que o álbum não é tão bom assim. Ao mesmo tempo que ele falha em ser aquele Muse grandioso lota-estádios, ele falha em ser um álbum mais profundo, introspectiva. Na minha opinião, ele é meia-boca demais.