Cheguei em casa às 6:00h. Que horário mais ingrato pra se chegar, exatamente na hora em que começam a cobrar impulsos de novo! Mas paciência, eu não vivo sem esse vício, e acabei ignorando os trocados a mais q terei de desembolsar e entrando mesmo. Entradinha básica, só checar e-mails e dar uma visitada rápida nos Blogs da galera atrás de atualizações. E foi no blog da minha irmã q eu vi um link para o Blog do meu primo, que eu inclusive já conhecia, mas não tinha linkado ainda pq, na ocasião em que o li, ele tinha apenas um post - para o qual, se eu linkasse, seria um tanto quanto narcisista, admito - e uma intenção já expressa de não mudar esse estado por um bom tempo. Mas eis que haviam novos posts. E posts interessantes, devo acrescentar. De uma maneira própria, estilosa, quase hermética, ele tem feito no Blog dele a mesma coisa que eu faço no meu: divagar sobre a vida, e partilhar isso.
Isso me fez pensar sobre a utilidade de um Blog. A maioria das pessoas que eu conheço e que não têm blogs, exibe uma idéia um tanto preconceituosa sobre eles. "São diários como aqueles que a gente fazia na quarta-série, com a desvantagem que não se pode colar papel de bombom" me disse uma amiga. Será mesmo? Como afirmar isso sem visitar alguns blogs? Em que as pessoas se baseiam para ter essa idéia?
Não acho que os blogs possam ser avaliados de maneira tão rápida e leviana. Para começo de conversa, eles não têm parâmeto de comparação. São um conceito novo, inédito, imprevisível. E pelo pouco que já vi dessa nova mania online, ela pouco tem a ver com um "diário".
É claro, não vou negar que existem Blogs do tipo "Hoje meu dia foi assim, minha tarde foi assado, etc". Mas eu esbarrei com um número surpreendentemente peqeno desses durante minhas surfadas pela rede. A maioria dos Blogs são lares de opiniões pessoais, artigos, críticas, pensamentos, enfim: idéias... visões de mundo de pessoas comuns. Existem ainda os blogs usados para mais ou menos o mesmo fim de listas de discussão, como o das meninas do #cinéfilo ou tantos outros. Mas em grande parte, são a casa de pensamentos, divagações, teses e teorias. O blog do meu primo não fica atrás. Ele é indiscutivelmente fora dos padrões literários imposto por jornais e revistas, mas ainda assim fascinante na sua profundidade e sinceridade. É 100% humano, sem qualquer restrição de forma ou tamanho.
E assim são vários blogs que eu eventualmente leio, e sobre os quais ulimamente tenhno repousado meu foco de interesse. Me sinto atraído por eles, porque eles mostram o mundo pelos olhos de pessoas comuns, às vezes desconhecidos, mas que têm muita coisa a mostrar, a dizer, e agora têm a oportunidade de fazê-lo sem ter que olhar você nos olhos, sem ter que passar por cima das limitações da timidez ou das dificuldades de expressão. É um mundo utópico, onde todos podem fazer a informação sem a pressão de um editor, um censor, ou um limite de tempo. É dividir sua vida com quem quiser. É liberdade.
Acho que todos deveriam tirar uma hora de seus dias para achar um blog randomicamente entre os milhares que existem, e lê-lo de cabo a rabo. Ao final, poderão estar embasbacados, indignados, penalizados ou entediados. Mas não serão os mesmos, pois terão sido tocados por uma outra vertente, por mais medíocre e insossa que seja. E é desse tipo de coisa que a alma se alimenta, para "crescer e ficar forte". Num acesso de (falta de) senso de humor, digamos que Blogs sejam vitaminas da alma :) E são como pizza: mesmo quando são ruins, são bons.
Viajando...
Wind
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