3 palavrinhas....
QUE. LIVE. FODA. :)))
Aos organizadores, minha mais sincera puxada de saco :)
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31.3.03
27.3.03
E a bizarrice continua. Ontem de manhã fui acordado com alguém gritando "FOGO!!" na janela, que felizmente era só um arroz que alguém queimou mas os vizinhos paranóicos malucos acharam que era incêndio. Claro que até eu descobrir isso, foi cu-na-mão total. E hoje de madrugada, tiroteio audível nas redondezas, e durou bastante...
Das duas uma, ou ando com muito azar, ou com muita sorte. Mas definitivamente não estou gostando disso...
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Das duas uma, ou ando com muito azar, ou com muita sorte. Mas definitivamente não estou gostando disso...
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26.3.03
Bolei.
Eu já moro no Rio há 4 anos, e tal. Já fui assaltado, já presenciei vários assaltos, inclusive de nego armado com fuzil, já vi um maluco dando um tiro no peito de outro do outro lado da calçada às 3 da tarde na Barata Ribeiro, e tal. Mas essa é a primeira vez que alguém é baleado na PORTA da minha casa. Tá, o cara não morreu, foi encontrado baleado na calçada, o que provavlemente significa que foi briga ou assalto, alguém puxou uma arma, atirou nele e fugiu correndo. Não é nenhum assassinato nem nada. Mas não deixa de gelar a espinha pensar que eu passei por ali meia hora antes e 20 minutos depois, e mesmo estando ali bem perto não ouvi o tiro nem sirenes e nem soube de nada até agora me contarem. E eu ando MUITO por aqui de madrugada. Vivo saindo na rua nesse horário. E se fosse eu?
Bizarro. Depois reclamam que eu não consigo fazer planos pra nada além de 1 semana no futuro...
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Eu já moro no Rio há 4 anos, e tal. Já fui assaltado, já presenciei vários assaltos, inclusive de nego armado com fuzil, já vi um maluco dando um tiro no peito de outro do outro lado da calçada às 3 da tarde na Barata Ribeiro, e tal. Mas essa é a primeira vez que alguém é baleado na PORTA da minha casa. Tá, o cara não morreu, foi encontrado baleado na calçada, o que provavlemente significa que foi briga ou assalto, alguém puxou uma arma, atirou nele e fugiu correndo. Não é nenhum assassinato nem nada. Mas não deixa de gelar a espinha pensar que eu passei por ali meia hora antes e 20 minutos depois, e mesmo estando ali bem perto não ouvi o tiro nem sirenes e nem soube de nada até agora me contarem. E eu ando MUITO por aqui de madrugada. Vivo saindo na rua nesse horário. E se fosse eu?
Bizarro. Depois reclamam que eu não consigo fazer planos pra nada além de 1 semana no futuro...
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25.3.03
Caraca, nunca imaginei que jogar live fosse tomar tanto do meu tempo :) E da minha grana tb :P Caraca, em média 2 mesas de bar por fim-de-semana. Vou precisar de emprego pra sustentar meu hobby, uhahuahuahahauhahu :)
Mas é fantástico estar vendo a galera toda de novo. Muito divertido mesmo. Sem contar que brincar de politicagem com esse bando de macacos velhos é tudo de bom. Sinto até que vou levar um ou dois balões no decorrer da crônica, mas quer saber? Vou tocar o zaralho também e me divertir pacas :) E principalmente rir muito. Inclusive porque a Dri me nomeou Paladino da Boa Onff :DD aguardem, mortais!!
É bom estar entre amigos de novo.
Wind
Mas é fantástico estar vendo a galera toda de novo. Muito divertido mesmo. Sem contar que brincar de politicagem com esse bando de macacos velhos é tudo de bom. Sinto até que vou levar um ou dois balões no decorrer da crônica, mas quer saber? Vou tocar o zaralho também e me divertir pacas :) E principalmente rir muito. Inclusive porque a Dri me nomeou Paladino da Boa Onff :DD aguardem, mortais!!
É bom estar entre amigos de novo.
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18.3.03
Eu obviamente queria escrever algo sobre a palhaçada dessa Guerra do Golfo II, O Retorno (dos que não foram). Mas meu pai já escreveu tudo que eu iria escrever, então só vou copiar aqui e assinar embaixo...
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"Quero Votar Pra Presidente
por Fábio Savastano
Há 12 horas, formalizou-se o nascimento de um novo império mundial.
Cansado dos rituais e solenidades da diplomacia, que já estavam causando um desgaste desnecessário às tropas americanas aquarteladas nas fronteiras da Mesopotâmia e à sua imagem interna de estadista determinado, o Sr. George W. Bush adotou a regra universal do Manda-Quem-Pode, mandando às favas a opinião de várias nações com diferentes capacidades de influência planetária e foi fazer o que achava que devia.
Amanhã, a primeira bomba que explodir sobre Bagdá fará seu principal estrago no meio de Nova Iorque, exatamente no prédio das Nações Unidas, destruindo irremediavelmente o principal fórum mundial para manutenção da civilidade e da organização na Terra.
Do alto do seu poderio, sustentado pelo tripé dos domínios econômico-finaceiro, comercial e bélico sobre todos os povos, o governo norte-americano livrou-se da esgarçada fantasia de grande parceiro e assumiu a feia cara de dono.
Não nego que ele possa fazer isso, embora não deva. Pode porque quer, porque pensa que é a melhor coisa a fazer diante dos problemas de ordem interna que enfrenta, a sua crise recessiva, os compromissos de campanha e a disseminação quase incontrolável do aborrecimento, do rancor e do ódio que a arrogância estadunidense às vezes desperta nos outros, com desagradáveis conseqüências para os seus cidadãos.
Pode também porque não tem quem ofereça uma alternativa. Tirando a Inglaterra, mãe velhinha que depende e vive às custas do filho, vemos países como Espanha, Portugal e outros que claramente correram para se esconder às costas do mais forte, não por covardia mas apenas porque são também vítimas da hegemonia daquele. Na verdade todo o planeta está refém. A França, a Alemanha e a Rússia falam grosso, mas não aprovariam uma moção e muito menos se deslocariam em defesa de um país que está sendo unilateral e covardemente atacado por outro. Tá certo que o Saddam Hussein é um bandidão dos piores e merece cadeia, mas a ação americana não se encaixa em nenhuma das formas que ultimamente venho lendo nos jornais do que seria uma guerra justa.
Bem, desviei-me do foco que persigo. Não é fácil falar desse assunto sem que a paixão ameace vir à tona. E é interessante como os americanos comuns têm dificuldade de entender o porquê disto.
Voltando ao meu roteiro, o fato é que o governo Bush assumiu que faz o que quer nesse nosso pequeno globo.
Então, se o governo norte-americano manda em nós como está provado e, não há como duvidar, é um governo democrático, então reivindico o meu direito de também votar para presidente dos Estados Unidos.
Fábio Savastano
Brasileiro
título de eleitor nº 61.030"
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"Quero Votar Pra Presidente
por Fábio Savastano
Há 12 horas, formalizou-se o nascimento de um novo império mundial.
Cansado dos rituais e solenidades da diplomacia, que já estavam causando um desgaste desnecessário às tropas americanas aquarteladas nas fronteiras da Mesopotâmia e à sua imagem interna de estadista determinado, o Sr. George W. Bush adotou a regra universal do Manda-Quem-Pode, mandando às favas a opinião de várias nações com diferentes capacidades de influência planetária e foi fazer o que achava que devia.
Amanhã, a primeira bomba que explodir sobre Bagdá fará seu principal estrago no meio de Nova Iorque, exatamente no prédio das Nações Unidas, destruindo irremediavelmente o principal fórum mundial para manutenção da civilidade e da organização na Terra.
Do alto do seu poderio, sustentado pelo tripé dos domínios econômico-finaceiro, comercial e bélico sobre todos os povos, o governo norte-americano livrou-se da esgarçada fantasia de grande parceiro e assumiu a feia cara de dono.
Não nego que ele possa fazer isso, embora não deva. Pode porque quer, porque pensa que é a melhor coisa a fazer diante dos problemas de ordem interna que enfrenta, a sua crise recessiva, os compromissos de campanha e a disseminação quase incontrolável do aborrecimento, do rancor e do ódio que a arrogância estadunidense às vezes desperta nos outros, com desagradáveis conseqüências para os seus cidadãos.
Pode também porque não tem quem ofereça uma alternativa. Tirando a Inglaterra, mãe velhinha que depende e vive às custas do filho, vemos países como Espanha, Portugal e outros que claramente correram para se esconder às costas do mais forte, não por covardia mas apenas porque são também vítimas da hegemonia daquele. Na verdade todo o planeta está refém. A França, a Alemanha e a Rússia falam grosso, mas não aprovariam uma moção e muito menos se deslocariam em defesa de um país que está sendo unilateral e covardemente atacado por outro. Tá certo que o Saddam Hussein é um bandidão dos piores e merece cadeia, mas a ação americana não se encaixa em nenhuma das formas que ultimamente venho lendo nos jornais do que seria uma guerra justa.
Bem, desviei-me do foco que persigo. Não é fácil falar desse assunto sem que a paixão ameace vir à tona. E é interessante como os americanos comuns têm dificuldade de entender o porquê disto.
Voltando ao meu roteiro, o fato é que o governo Bush assumiu que faz o que quer nesse nosso pequeno globo.
Então, se o governo norte-americano manda em nós como está provado e, não há como duvidar, é um governo democrático, então reivindico o meu direito de também votar para presidente dos Estados Unidos.
Fábio Savastano
Brasileiro
título de eleitor nº 61.030"
17.3.03
O_O
O QUE QUE FOI ESSE EPISÓDIO DE HOJE DE 24 HORAS?!?!
Caralho esses roteiristas deviam ser proibidos de fazer essas coisas!!! Na boa! BOLEI! Acho que dessa vez não vou aguentar esperar 1 semana, vou TER que baixar o próximo episódio. Cara... isso não se faz!!!
Se algum de vocês nunca assistiu a série, vcs não fazem idéia do que estão perdendo. Sério.
Wind
O QUE QUE FOI ESSE EPISÓDIO DE HOJE DE 24 HORAS?!?!
Caralho esses roteiristas deviam ser proibidos de fazer essas coisas!!! Na boa! BOLEI! Acho que dessa vez não vou aguentar esperar 1 semana, vou TER que baixar o próximo episódio. Cara... isso não se faz!!!
Se algum de vocês nunca assistiu a série, vcs não fazem idéia do que estão perdendo. Sério.
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YAAAAAAAAAAYYYY!!
Hoje foi o primeiro (mini-)Live da crônica de Santa Cruz, e foi FODA! :) Ok, não foi nada espetacular em termos de jogo, muito embora o plot principal tenha surgido de improviso e gerado uma merda faraônica e divertidíssima. Mas cara, que saudade que eu tava dessa época de live. Rever a galera das antigas, falar merda de RPG o dia todo, dar risada com as onffs, sair pra beber depois e ficar falando merda, ouvindo merda, vendo merda acontecer... é realmente uma reedição dos velhos tempos, o que independente de ser bom ou ruim, é absolutamente nostálgico. E olha que eu peguei só a rebarbinha dessa época, e já estou sentindo os efeitos da volta no tempo. De qualquer forma, foi divertido à vera. E o melhor de tudo, é que esse foi só o primeiro mini-live! Sábado que vem tem o segundo, e no outro sim é que terá o primeiro grande Live. Mal posso esperar :)
E para a frase insight da noite: "Nossa vida é uma sitcom ruim"
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Hoje foi o primeiro (mini-)Live da crônica de Santa Cruz, e foi FODA! :) Ok, não foi nada espetacular em termos de jogo, muito embora o plot principal tenha surgido de improviso e gerado uma merda faraônica e divertidíssima. Mas cara, que saudade que eu tava dessa época de live. Rever a galera das antigas, falar merda de RPG o dia todo, dar risada com as onffs, sair pra beber depois e ficar falando merda, ouvindo merda, vendo merda acontecer... é realmente uma reedição dos velhos tempos, o que independente de ser bom ou ruim, é absolutamente nostálgico. E olha que eu peguei só a rebarbinha dessa época, e já estou sentindo os efeitos da volta no tempo. De qualquer forma, foi divertido à vera. E o melhor de tudo, é que esse foi só o primeiro mini-live! Sábado que vem tem o segundo, e no outro sim é que terá o primeiro grande Live. Mal posso esperar :)
E para a frase insight da noite: "Nossa vida é uma sitcom ruim"
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11.3.03
Hmmm, e mais uma vez é meu primeiro dia de aula :) E nada melhor para aquecer do que Esquivel!! Zuuzuzu, zuzuzuzuzu. Espero que tenha calouras gostosas. Ah, mas o que eu tô falando, caloura gostosa na Informática é delírio. :PP
Ah, o counter tá pra arredondar de novo :) Quem for o visitante 4,700 me avise "sirvuplé". :)
Zuuuuzuzu, zuzuzuzuzuzu, zuzuzuzuzuzuzu ZUUUUUU zuuuuuuuuuuuuuu...
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Ah, o counter tá pra arredondar de novo :) Quem for o visitante 4,700 me avise "sirvuplé". :)
Zuuuuzuzu, zuzuzuzuzuzu, zuzuzuzuzuzuzu ZUUUUUU zuuuuuuuuuuuuuu...
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10.3.03
Da série "Coisas que fazem você querer comprar uma bazuca"
Dois quarteirões. Dois quarteirões me separam dessa jumenta em forma de governadora. É tudo que eu precisaria andar. Era só chegar na esquina da Paissandú, mirar, e BOOM. Claro, eu sentiria falta do palácio. É uma construção bonita, afinal. Mas valeria a pena.
Ah, se valeria.
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Dois quarteirões. Dois quarteirões me separam dessa jumenta em forma de governadora. É tudo que eu precisaria andar. Era só chegar na esquina da Paissandú, mirar, e BOOM. Claro, eu sentiria falta do palácio. É uma construção bonita, afinal. Mas valeria a pena.
Ah, se valeria.
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8.3.03
Ainda não estão convencidos do que eu falo sobre o ilustre Josias "O Messias" Quintal? Leiam isso.
Ei, se alguém sabe do que está falando, são eles, certo? :D
Ninguém merece esse Rio de Janeiro.
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Ei, se alguém sabe do que está falando, são eles, certo? :D
Ninguém merece esse Rio de Janeiro.
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Como já diria aquele refrão imortal de torcidas futebolísticas:
"Êêêê, tem um paulista querendo aparecer. E vai morrer."
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"Êêêê, tem um paulista querendo aparecer. E vai morrer."
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Cotidiano Sem Lei
Muito se falou sobre a "segunda-feira sem lei", o dia do último ataque coordenado de traficantes aos moradores do Rio de Janeiro. Milhares de pessoas enfurecidas, revoltadas, dizendo que os traficantes querem destruir o sistema, querem jogar a sociedade no caos e revogar seus direitos garantidos por lei. Entre esses direitos, o mais ameaçado seria o de transporte público regularizado, que estaria sofrendo enormes prejuízos com a quantidade de ônibus queimados e teria que parar de funcionar, deixando os cidadãos entregues à barbárie sanguinária que dirige vans e kombis por aí.
Agora, francamente, qual a diferença dos motoristas de van pros motoristas de ônibus? Quero dizer, será que esse 'transporte regularizado' é tão regularizado assim? Tomemos como exemplo a viagem que acabo de fazer. Peguei, como sempre faço, o 434 no ponto final (Grajaú) para voltar da casa do Telles e da Dri. Assim que o ônibus saiu, no primeiro sinal, uma luminosidade súbita me chamou a atenção no banco do motorista. Olhei para ver o que era, e ele estava acendendo um cigarro. Agora, eu achava que POR LEI o fumo era proibido em ônibus, o que significaria que nenhum passageiro pode fumar dentro do veículo, que dirá o motorista! Mas ainda assim ele acendeu o cigarro, e começou a bater papo com o trocador, um papo tão animado que o sinal abriu e ele só se tocou mais de 30 segundos depois, quando alguém buzinou para avisar. Aqui cabe também comentar a velocidade em que o motorista dirigia, entrando acelerado em curvas, freando em cima das faixas, etc. Isso porque supostamente o transporte coletivo regularizado é diferente do clandestino porque os motoristas são qualificados e não botam a vida do passageiro em risco. Bem, isso até pode ser verdade, das 08:00 às 22:00h. Depois disso, é fato conhecido e notório que todo motorista de ônibus alopra, pisa até o fundo e não respeita NENHUM sinal de trânsito. Mas enfim. A viagem continua.
Mais à frente o ônibus para para pegar dois passageiros no ponto. E eis que o motorista manda eles entrarem pela frente, e pagarem menos que o valor da passagem diretamente para o cobrador. "Recupera aí aquele prejuízo que você teve mais cedo", disse ele ao cobrador. Até agora, além de fumar e dirigir perigosamente, agora o motorista estava dando calote na própria empresa. E não havia percorrido nem 1 km ainda!
Mais adiante ele parou no ponto em frente ao Shopping Iguatemi para pegar um bando de motoristas em fim de expediente que pegariam carona para casa. E eis que, do nada, mais de 20 malucos invadem o ônibus pela porta da frente, numa atitude que surpreendeu inclusive o motorista. E engana-se quem pensa que eram favelados ou coisa do tipo. Todos playboyzinhos emperequitados pra ir pra Lapa. O motorista ficou sem reação alguns segundos, desligou o carro e ficou esperando alguém se manifestar. Ninguém falou nem um "ah". Aí, o motorista chamou o cobrador, perguntou que porra era aquela, e ao que parece foi o cobrador mesmo que mandou a renca entrar para dar o mesmo calote que os dois primeiros. Só que multiplicado por dez. O motorista fez cara feia, mas acabou chamando um dos caras, e mandando ele recolher grana da galera pra dar pro cobrador. Obviamente, a roleta não foi girada nenhuma vez e o cara embolsou uma grana alta!
Daí pra frente foi o básico. Velocímetro nos picos, parando fora do ponto, velhinhas tendo que viajar em pé porque tinha playboys sentados nos assentos reservados... e as infrações não se limitavam ao universo do ônibus não. Perto do sambódromo estava havendo uma festa da FM ODia, e milhões de vans de cachorro quente e trailers haviam tomado mais da metade do asfalto com cadeiras e mesas, de modo que o ônibus só passou com muita dificuldade. E havia várias viaturas ali, tanto da PM quanto da Guarda Municipal, e aparentemente ninguém viu nada. Fora pessoas paradas no meio da rua, ônibus fechando táxis que fechavam carros, enfim. Caos urbano. E o mais triste - um caos tão habitual que ninguém mais percebe ou reclama.
Então eu me pergunto: onde está a lei que os traficantes subverteram na segunda-feira? Ou estaria esse caos tão enraizado no dia-a-dia que já se toma por lei e ordem? Eu acho que o problema é muito maior, é cultural. No Rio, muito mais que em outros lugares, existe uma cultura da malandragem, do jeitinho, de um "senso comum" adotado paralelamente à lei. Blitz de PMs montadas única e exclusivamente para arrecadar dinheiro de suborno de motoristas irregulares, "regras" de trânsito alternativas que se aplicam conforme o número de carros nas ruas ou a proximidade de viaturas, cachorros na praia amarrados na frente de guardas municipais que não fazem nada, preços abusivos para turistas... tudo isso é cultural, são atos corruptos dificílimos de se expurgar, porque quem os comete está seriamente convencido de que é o correto.
Não são só os traficantes que precisam aprender a andar dentro da lei. Essa é uma lição que deveria ser transmitida a toda a população fluminense.
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Muito se falou sobre a "segunda-feira sem lei", o dia do último ataque coordenado de traficantes aos moradores do Rio de Janeiro. Milhares de pessoas enfurecidas, revoltadas, dizendo que os traficantes querem destruir o sistema, querem jogar a sociedade no caos e revogar seus direitos garantidos por lei. Entre esses direitos, o mais ameaçado seria o de transporte público regularizado, que estaria sofrendo enormes prejuízos com a quantidade de ônibus queimados e teria que parar de funcionar, deixando os cidadãos entregues à barbárie sanguinária que dirige vans e kombis por aí.
Agora, francamente, qual a diferença dos motoristas de van pros motoristas de ônibus? Quero dizer, será que esse 'transporte regularizado' é tão regularizado assim? Tomemos como exemplo a viagem que acabo de fazer. Peguei, como sempre faço, o 434 no ponto final (Grajaú) para voltar da casa do Telles e da Dri. Assim que o ônibus saiu, no primeiro sinal, uma luminosidade súbita me chamou a atenção no banco do motorista. Olhei para ver o que era, e ele estava acendendo um cigarro. Agora, eu achava que POR LEI o fumo era proibido em ônibus, o que significaria que nenhum passageiro pode fumar dentro do veículo, que dirá o motorista! Mas ainda assim ele acendeu o cigarro, e começou a bater papo com o trocador, um papo tão animado que o sinal abriu e ele só se tocou mais de 30 segundos depois, quando alguém buzinou para avisar. Aqui cabe também comentar a velocidade em que o motorista dirigia, entrando acelerado em curvas, freando em cima das faixas, etc. Isso porque supostamente o transporte coletivo regularizado é diferente do clandestino porque os motoristas são qualificados e não botam a vida do passageiro em risco. Bem, isso até pode ser verdade, das 08:00 às 22:00h. Depois disso, é fato conhecido e notório que todo motorista de ônibus alopra, pisa até o fundo e não respeita NENHUM sinal de trânsito. Mas enfim. A viagem continua.
Mais à frente o ônibus para para pegar dois passageiros no ponto. E eis que o motorista manda eles entrarem pela frente, e pagarem menos que o valor da passagem diretamente para o cobrador. "Recupera aí aquele prejuízo que você teve mais cedo", disse ele ao cobrador. Até agora, além de fumar e dirigir perigosamente, agora o motorista estava dando calote na própria empresa. E não havia percorrido nem 1 km ainda!
Mais adiante ele parou no ponto em frente ao Shopping Iguatemi para pegar um bando de motoristas em fim de expediente que pegariam carona para casa. E eis que, do nada, mais de 20 malucos invadem o ônibus pela porta da frente, numa atitude que surpreendeu inclusive o motorista. E engana-se quem pensa que eram favelados ou coisa do tipo. Todos playboyzinhos emperequitados pra ir pra Lapa. O motorista ficou sem reação alguns segundos, desligou o carro e ficou esperando alguém se manifestar. Ninguém falou nem um "ah". Aí, o motorista chamou o cobrador, perguntou que porra era aquela, e ao que parece foi o cobrador mesmo que mandou a renca entrar para dar o mesmo calote que os dois primeiros. Só que multiplicado por dez. O motorista fez cara feia, mas acabou chamando um dos caras, e mandando ele recolher grana da galera pra dar pro cobrador. Obviamente, a roleta não foi girada nenhuma vez e o cara embolsou uma grana alta!
Daí pra frente foi o básico. Velocímetro nos picos, parando fora do ponto, velhinhas tendo que viajar em pé porque tinha playboys sentados nos assentos reservados... e as infrações não se limitavam ao universo do ônibus não. Perto do sambódromo estava havendo uma festa da FM ODia, e milhões de vans de cachorro quente e trailers haviam tomado mais da metade do asfalto com cadeiras e mesas, de modo que o ônibus só passou com muita dificuldade. E havia várias viaturas ali, tanto da PM quanto da Guarda Municipal, e aparentemente ninguém viu nada. Fora pessoas paradas no meio da rua, ônibus fechando táxis que fechavam carros, enfim. Caos urbano. E o mais triste - um caos tão habitual que ninguém mais percebe ou reclama.
Então eu me pergunto: onde está a lei que os traficantes subverteram na segunda-feira? Ou estaria esse caos tão enraizado no dia-a-dia que já se toma por lei e ordem? Eu acho que o problema é muito maior, é cultural. No Rio, muito mais que em outros lugares, existe uma cultura da malandragem, do jeitinho, de um "senso comum" adotado paralelamente à lei. Blitz de PMs montadas única e exclusivamente para arrecadar dinheiro de suborno de motoristas irregulares, "regras" de trânsito alternativas que se aplicam conforme o número de carros nas ruas ou a proximidade de viaturas, cachorros na praia amarrados na frente de guardas municipais que não fazem nada, preços abusivos para turistas... tudo isso é cultural, são atos corruptos dificílimos de se expurgar, porque quem os comete está seriamente convencido de que é o correto.
Não são só os traficantes que precisam aprender a andar dentro da lei. Essa é uma lição que deveria ser transmitida a toda a população fluminense.
Wind
5.3.03
4.3.03
3.3.03
Tem uma coisa que me deixa impressionado, que é a velocidade da informação hoje em dia. Os jornais de papel em breve serão extintos, porque as prensas são infinitamente mais lentas que a realidade acontecendo. Veja a página do jornal O Globo, por exemplo. Tudo bem, páginas com notícias em tempo real não são nenhuma novidade. Mas a página do Globo tem coisas de assustar. Por exemplo, a diagramação dinâmica. A qualquer momento do dia que você abra a página, ela está diagramada como uma primeira página de jornal, com as manchetes, com o espaço diferencial para notícias mais ou menos relevantes, enfim. Mas se entra uma notícia no plantão que merece destaque, não dá meia hora para a diagramação ter mudado. Ou seja, eles têm um diagramador especializado online 24 horas. E não para por aí. Agora durante o desfile do Grupo Especial, por exemplo, a diagramação não passa mais de 5 minutos sem uma mudança. E o mais fantástico de tudo: A escola desfilando no momento ocupa a manchete principal com direito a foto. Aí o fotógrafo lá na sapucaí tira uma foto melhor, a foto é enviada em tempo real pra redação online, analisada em tempo real por um editor, enviada pro diagramador, que substitui a foto antiga pela nova, em MENOS DE 5 MINUTOS. Se você para pra pensar, é uma coisa de outro mundo. Mas ao mesmo tempo, é tão fácil! A tecnologia existe, está aí, É acessível. Então por que raios existem tão poucos sites eficientes como o d'O Globo? Quer dizer, qual a dificuldade de se fazer uma coisa nesse nível de qualidade, que tenha um volume tão grande de informação e de automatização, que dê tão pouco erro? Na verdade essa pergunta é retórica, eu sei exatamente por quê. Eu senti na pele. Existem 3 regras imutáveis na informática:
1. Quem tem o projeto nunca tem a grana: E muito menos o tino administrativo. O cara pode ser um visionário e entender tudo de tecnologia, a ponto de saber na ponta da língua exatamente que equipamento ele precisa pra fazer a coisa funcionar. Mas ele não sabe gerenciar pessoal e não tem grana nem pra sonhar em comprar nem a máquina de café do escritório.
2. Quem tem a grana nunca sabe do que se trata: É inútil. Pessoas com dinheiro suficiente para investir em projetos online fatalmente são pessoas ricas o suficiente para não ter a MENOR noção. De nada. Os conceitos de gerenciamento e administração de empresas deles ainda são os mesmos desde 1715 e não há milagre que os faça cair na real.
3. Nos raros casos em que alguém tem um bom projeto e a grana pra fazer, a mão de obra totalmente desqualificada manda o barco a pique: Sim, infelizmente muitos dos projetos geniais vão por água abaixo devido a jumentice dos encarregados. Programadores porcos, designers idiotas, marqueteiros calamitosamente ruins. Esses que saturam o mercado de trabalho e tiram a nossa vaga. E eu ainda tenho que me conformar, porque apesar de ter uma visão abrangente da área e poder contribuir com muito num projeto assim, meu C.R. é baixo :) E é isso que realmente mede o caráter e a capacidade do ser humano, certo? Tudo se limita ao C.R.. A qualificação perfeita.
Seria cômico se não fosse trágico.
Wind
1. Quem tem o projeto nunca tem a grana: E muito menos o tino administrativo. O cara pode ser um visionário e entender tudo de tecnologia, a ponto de saber na ponta da língua exatamente que equipamento ele precisa pra fazer a coisa funcionar. Mas ele não sabe gerenciar pessoal e não tem grana nem pra sonhar em comprar nem a máquina de café do escritório.
2. Quem tem a grana nunca sabe do que se trata: É inútil. Pessoas com dinheiro suficiente para investir em projetos online fatalmente são pessoas ricas o suficiente para não ter a MENOR noção. De nada. Os conceitos de gerenciamento e administração de empresas deles ainda são os mesmos desde 1715 e não há milagre que os faça cair na real.
3. Nos raros casos em que alguém tem um bom projeto e a grana pra fazer, a mão de obra totalmente desqualificada manda o barco a pique: Sim, infelizmente muitos dos projetos geniais vão por água abaixo devido a jumentice dos encarregados. Programadores porcos, designers idiotas, marqueteiros calamitosamente ruins. Esses que saturam o mercado de trabalho e tiram a nossa vaga. E eu ainda tenho que me conformar, porque apesar de ter uma visão abrangente da área e poder contribuir com muito num projeto assim, meu C.R. é baixo :) E é isso que realmente mede o caráter e a capacidade do ser humano, certo? Tudo se limita ao C.R.. A qualificação perfeita.
Seria cômico se não fosse trágico.
Wind
2.3.03
Me animei a programar mais um pouco hoje e resultou numa página de About que vocês podem acessar clicando em cima do meu nome ali no Whois. Ele foi baseado num questionário que eu roubei do blog da mana. O questionário é meio direcionado a mulheres, então eu mudei o gênero das perguntas mas ainda assim ficou meio gay. Mas tudo bem, pra começo de conversa tá bom, depois eu arranjo um questionário mais legal pra botar ali. De resto, o carnaval começou muito bem :) Bebida, música e mulher. Tomara que o ritmo se mantenha até quarta-feira.
Cya ppl.
Wind
Cya ppl.
Wind
1.3.03
Pérolas do Nonsense Urbano Cotidiano
Estava eu no ônibus a caminho da bunker, quando percebi que alguns assentos à frente eram ocupados por um grupo de jovens engajados num animadíssimo papo... sem emitir qualquer som. Conversavam por linguagem de sinais. Eu já tinha visto isso algumas vezes durante o ano em que morei na frente de um instituto educacional para surdos-mudos, em Laranjeiras. Volta e meia eu saía de casa na hora em que todos saíam do colégio e ficavam no ponto de ônibus, tendo conversas animadíssimas e absolutamente silenciosas. Fiquei ali distraído, ora prestando atenção neles ora não. Pois quando estou já em Copacabana, perto do meu ponto, eis que o inusitado acontece: um celular toca. E um deles faz um sinal para os outros esperarem, e saca o celular do seu bolso. Agora, por que RAIOS um surdo-mudo tem um celular?! Muito para meu desapontamento, ele olhou, olhou, e apertou o botão de cancelar chamada, não atendendo. Mas eis então que os outros estendem os braços pra fora das janelas do ônibus e começam a abanar!
No fim das contas, resultou que era uma amiga deles (namorada do cara do celular, também surda-muda) que estava esperando o ônibus em que eles estavam no ponto, e ao vê-lo se aproximando deu um toque no celular (!) do namorado para que eles confirmassem se era aquele mesmo, o que eles fizeram abanando os braços para fora do veículo. Caso resolvido e todos felizes, exceto pela pergunta que não quer calar... por que ele tinha um celular? Seria exclusivamente para aquele tipo de situação? Se for, ela deve acontecer muito, porque o modelo do celular do cidadão não era dos mais baratinhos não.
Tem certas coisas que só se vê no Rio de Janeiro :D
Wind
Estava eu no ônibus a caminho da bunker, quando percebi que alguns assentos à frente eram ocupados por um grupo de jovens engajados num animadíssimo papo... sem emitir qualquer som. Conversavam por linguagem de sinais. Eu já tinha visto isso algumas vezes durante o ano em que morei na frente de um instituto educacional para surdos-mudos, em Laranjeiras. Volta e meia eu saía de casa na hora em que todos saíam do colégio e ficavam no ponto de ônibus, tendo conversas animadíssimas e absolutamente silenciosas. Fiquei ali distraído, ora prestando atenção neles ora não. Pois quando estou já em Copacabana, perto do meu ponto, eis que o inusitado acontece: um celular toca. E um deles faz um sinal para os outros esperarem, e saca o celular do seu bolso. Agora, por que RAIOS um surdo-mudo tem um celular?! Muito para meu desapontamento, ele olhou, olhou, e apertou o botão de cancelar chamada, não atendendo. Mas eis então que os outros estendem os braços pra fora das janelas do ônibus e começam a abanar!
No fim das contas, resultou que era uma amiga deles (namorada do cara do celular, também surda-muda) que estava esperando o ônibus em que eles estavam no ponto, e ao vê-lo se aproximando deu um toque no celular (!) do namorado para que eles confirmassem se era aquele mesmo, o que eles fizeram abanando os braços para fora do veículo. Caso resolvido e todos felizes, exceto pela pergunta que não quer calar... por que ele tinha um celular? Seria exclusivamente para aquele tipo de situação? Se for, ela deve acontecer muito, porque o modelo do celular do cidadão não era dos mais baratinhos não.
Tem certas coisas que só se vê no Rio de Janeiro :D
Wind
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